terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Organização e Criatividade na Terceira Idade



Como Reformar Minha Casa Renovou Meu Bem-Estar

Nos meus 85 anos, continuo descobrindo coisas que me fazem sentir viva, útil e cheia de entusiasmo. Uma delas, para minha surpresa, foi a reforma e a decoração da minha casa. Estou participando de cada escolha, de cada detalhe, e isso tem sido uma verdadeira injeção de alegria no meu dia a dia. Percebi o quanto organizar e transformar o nosso lar também transforma a gente por dentro.

Ao mexer nos cantinhos da casa, fui mexendo também em memórias, prioridades e sentimentos. Organizar armários, escolher cores, decidir onde colocar cada objeto… tudo isso virou um exercício delicioso de criatividade. Às vezes me pego pensando que, quanto mais idade temos, mais rica fica nossa imaginação, porque ela vem temperada pela experiência da vida.

Participar de todo o processo fez com que eu me sentisse ativa, independente e dona das minhas escolhas. E isso é algo muito valioso para nós, da terceira idade. Reformar ou redecorar a casa não precisa ser uma grande obra; pode começar com algo simples: separar o que não usamos mais, abrir espaço, mover móveis, mudar uma cortina. Cada pequena mudança traz um frescor para a mente.

A organização, além de prática, traz paz. Quando o ambiente fica mais leve e funcional, nosso pensamento também fica mais claro. Já a criatividade é quase uma terapia: ela nos mostra que ainda podemos inventar, mudar, renovar. E como é bom perceber que ainda existe tanta vida dentro da gente!

Sinto que minha casa está ficando mais bonita, sim, mas principalmente está ficando mais parecida comigo. E esse processo tem reforçado uma verdade importante: nunca é tarde para criar, reorganizar e reinventar nossa própria história.

Se você, assim como eu, está na terceira idade, experimente olhar para sua casa com carinho e imaginar o que gostaria de mudar. Talvez seja o momento perfeito para recomeçar pelos ambientes, e acabar recomeçando também dentro de você.

Jandira

Imagem: Freepik

sexta-feira, 21 de novembro de 2025

A Importância do Contato com a Natureza



Com 85 anos de vida, aprendi que a natureza tem um jeito especial de conversar com a gente. Às vezes com o canto de um passarinho, às vezes com a sombra fresca de uma árvore, ou até com o simples balançar das folhas ao vento. É como se cada detalhe nos lembrasse que ainda há muito para sentir, viver e agradecer.

Hoje, quero falar sobre como o contato com a natureza é importante, e transformador, especialmente para nós, que já caminhamos bastante pela estrada da vida.

A natureza tem um poder de renovação que toca a alma. Quando saio ao ar livre, mesmo que seja por alguns minutos, sinto o corpo mais leve e a mente mais clara. Caminhar numa praça, colocar os pés na grama ou simplesmente olhar para o céu faz uma diferença enorme no nosso dia.

É incrível como pequenos gestos, como cuidar de uma plantinha ou abrir a janela para o sol entrar, já mudam o nosso humor.

Estudos mostram, e a experiência confirma, que o contato com a natureza traz muitos benefícios:

  • Reduz o estresse e a ansiedade
    O silêncio natural acalma, diminui a pressão interna e traz uma sensação de paz.

  • Melhora o sono
    A luz do sol ajuda o corpo a regular o relógio biológico.

  • Estimula o movimento
    Uma caminhada leve, um alongamento ao ar livre ou apenas cuidar de um jardim já mantêm o corpo ativo.

  • Aumenta a alegria e o bem-estar
    A presença de plantas, árvores e flores desperta emoções positivas e até memórias afetivas.

Estar na natureza também nos aproxima das pessoas. Parques e praças são lugares onde encontramos vizinhos, famílias, amigos… até uma conversa rápida pode iluminar o dia.

Muitos idosos se sentem sozinhos, e o ambiente ao ar livre favorece encontros simples, mas cheios de significado. A natureza aproxima, acolhe e nos lembra de que ainda fazemos parte do movimento da vida.

Uma boa notícia: não é necessário viajar nem enfrentar grandes esforços. Podemos viver essa conexão de várias maneiras:

  • Cuidar de plantas em casa

  • Sentar perto de uma janela ensolarada

  • Passear na praça do bairro

  • Observar pássaros ou borboletas

  • Cultivar uma pequena horta

  • Caminhar devagar em um parque

O importante é se permitir sentir, respirar fundo e aproveitar o que o mundo natural oferece.

A terceira idade é um período de sabedoria, introspecção e novas descobertas

A natureza nos ajuda a olhar para dentro, acalmar a alma e lembrar que a vida segue bonita, vibrante e cheia de possibilidades.

Quando estamos em contato com ela, percebemos que, assim como as árvores, também somos fortes, resistentes e capazes de florescer em qualquer estação.

Que tal você a tirar um tempinho hoje para se aproximar da natureza?  Nem que seja apenas para observar o céu por alguns minutos. Às vezes, é tudo o que o coração precisa.


Beijos

Jandira


Imagem: Freepik

terça-feira, 11 de novembro de 2025

A Força da Fé e da Espiritualidade na Maturidade da Vida



Com o passar dos anos, aprendemos que a vida é muito mais do que correr atrás do tempo. É sobre encontrar sentido, paz e harmonia interior. É nesse momento que muitas pessoas descobrem - ou redescobrem - o valor da fé e da espiritualidade.

Fé não é apenas acreditar em algo que não se vê, mas sentir dentro de si uma presença que conforta, fortalece e acalma. É a confiança silenciosa de que tudo tem um propósito, mesmo quando não compreendemos os caminhos.

A espiritualidade, por sua vez, é como uma chama suave que ilumina o coração. Não depende de religiões, templos ou doutrinas - ela habita dentro de cada um de nós. É o espaço sagrado onde encontramos a esperança, a gratidão e o amor pelo que somos e pelo que ainda podemos viver.

Na terceira idade, essa busca se torna mais profunda. Talvez porque o tempo nos ensine a olhar para dentro, a valorizar o essencial e a perceber que o verdadeiro sentido da vida não está no que acumulamos, mas no que sentimos e compartilhamos.

Ter fé é continuar acreditando na beleza dos dias, mesmo quando o corpo já pede descanso. É sorrir com o coração tranquilo, sabendo que há algo maior que nos guia e protege.

E quando essa fé floresce, a vida ganha um brilho novo - suave, sereno e cheio de significado.


Jandira


Imagem: Freepik

terça-feira, 4 de novembro de 2025

A importância do geriatra na vida do idoso



Com o passar dos anos, aprendi que cuidar da saúde é um gesto de amor por nós mesmos. Aos 85 anos, já vivi muitas experiências, conheci diferentes médicos, ouvi muitas opiniões… mas foi com o tempo que compreendi o valor de ter um geriatra acompanhando de perto a nossa caminhada. Esse profissional entende o envelhecer não como um problema, mas como uma etapa natural e preciosa da vida.

Muita gente ainda acha que o geriatra é um médico apenas para quem está doente, mas isso é um engano. Ele é o médico do idoso em todas as fases, mesmo quando estamos bem. O geriatra avalia nossa saúde de forma integral - corpo, mente e emoções - e isso faz toda diferença. Ele observa a pressão, o sono, o apetite, a memória, os medicamentos e até o nosso ânimo de viver. Cada detalhe importa, porque o envelhecimento é um processo único para cada pessoa.

Outra grande vantagem de ter um geriatra é o acompanhamento contínuo. Com consultas regulares, o médico pode perceber mudanças sutis que, às vezes, nós mesmos não notamos. Um ajuste no remédio, uma orientação sobre alimentação, uma conversa sobre o humor ou sobre o sono, tudo isso pode melhorar muito o nosso bem-estar.

O geriatra também tem um papel importante na prevenção. Ele nos ajuda a evitar quedas, controlar doenças crônicas, manter a autonomia e até a clareza mental. E o mais bonito é que ele nos ouve com paciência, respeitando o nosso ritmo e valorizando nossa história.

Ter um geriatra é, de certa forma, ter um amigo de confiança, alguém que entende as transformações do corpo e do coração com empatia e sabedoria. Ele nos incentiva a viver com mais leveza e segurança, mostrando que envelhecer pode ser, sim, uma fase de descobertas e de alegrias.

Por isso, se você ainda não tem um geriatra, pense com carinho nessa possibilidade. Nunca é tarde para começar a cuidar melhor de si mesmo. A saúde é um tesouro que devemos proteger, e ter um médico que caminha ao nosso lado faz toda a diferença.

Cuidar-se é um gesto de amor, e envelhecer com saúde é um privilégio que todos nós merecemos.


Jandira Eunice


Imagem: Freepik

terça-feira, 28 de outubro de 2025

O trabalho e a autoestima na terceira idade



Com o passar dos anos, aprendi que o trabalho vai muito além de garantir um sustento. Ele também alimenta a alma. Ter uma ocupação, uma rotina, um motivo para levantar todos os dias é algo que faz bem ao corpo e, principalmente, ao coração.

Na terceira idade, muitos acreditam que é hora apenas de descansar - e é verdade que o descanso é merecido. Mas isso não significa parar de sonhar, de criar ou de contribuir. Pelo contrário: é justamente nessa fase que temos mais experiência e sabedoria para compartilhar.

Quando me envolvo em alguma atividade, seja escrevendo no meu blog, ajudando alguém, ou até preparando algo com as mãos, percebo como isso eleva minha autoestima. Sinto-me útil, viva, presente no mundo. O trabalho, em qualquer forma que venha, é uma ponte que nos liga à vida e às pessoas.

Há uma alegria muito especial em perceber que ainda somos capazes de aprender, de ensinar e de fazer a diferença. Muitos idosos, depois de se aposentarem, redescobrem talentos que estavam guardados: voltam a pintar, a costurar, a cozinhar, a cuidar de plantas ou até iniciam pequenos empreendimentos. Cada gesto, cada criação, é uma forma de expressar a própria história e de fortalecer o amor-próprio.

Também é importante lembrar que o trabalho não precisa ter pressa. Ele pode ser leve, prazeroso, adaptado ao nosso ritmo. O essencial é que traga satisfação e propósito. Estar envolvido em algo que nos motiva faz com que o tempo tenha mais cor e mais sentido.

Manter-se ativo é também um modo de cuidar da mente. O trabalho estimula a memória, fortalece a confiança e nos ajuda a manter o entusiasmo pela vida. E quando fazemos algo com amor, os resultados vão além do que se pode medir: ganhamos alegria, propósito e uma autoestima renovada.

Hoje, entendo que o verdadeiro valor do trabalho está em tudo o que ele desperta dentro de nós. Ele é um convite para continuar caminhando, para seguir sonhando e para reconhecer que ainda temos muito a oferecer.

Encerro esta reflexão com uma certeza: trabalhar, para mim, é sinônimo de viver. Enquanto houver vontade e amor no que faço, saberei que ainda tenho muito a contribuir, e muito a aprender.

Porque quando o coração encontra um propósito, até o trabalho se transforma em poesia.


Jandira Eunice


Imagem: Freepik

terça-feira, 21 de outubro de 2025

Dificuldade de um idoso aceitar um cuidador



Com o passar dos anos, nosso corpo vai mudando, os passos ficam mais lentos e algumas tarefas do dia a dia começam a parecer um desafio. Ainda assim, dentro de nós, o espírito continua jovem, cheio de lembranças, vontades e a forte sensação de que ainda damos conta de tudo.

É por isso que aceitar a presença de um cuidador nem sempre é fácil.

Para muitos idosos, essa ideia soa como uma invasão de privacidade ou até como um sinal de fraqueza. Afinal, passamos a vida inteira cuidando dos outros - da casa, dos filhos, da família - e, de repente, somos nós quem precisamos de cuidado. É um choque. Um sentimento de perda da independência, do controle, e até de um pedaço da nossa história.

Mas é importante entender que ter um cuidador não é perder liberdade - é ganhar segurança, companhia e qualidade de vida. O cuidador está ali não para mandar, mas para ajudar. Ele é aquele apoio silencioso que oferece o braço quando o corpo pede descanso, e um ouvido atento quando o coração precisa desabafar.

Muitos idosos resistem no início. Acham que o cuidador vai interferir demais, que vai mudar sua rotina ou invadir seu espaço. Mas com o tempo, percebe-se que essa convivência pode se transformar em algo bonito: um elo de confiança, amizade e até afeto.
O cuidador aprende os jeitos e manias do idoso, e o idoso descobre que há ali alguém disposto a cuidar com paciência e respeito.

Aceitar um cuidador é um ato de sabedoria e amor-próprio. É reconhecer que permitir ajuda é uma forma de se cuidar, de preservar a saúde, de continuar vivendo com dignidade e tranquilidade. E mais: é também uma forma de aliviar o coração dos filhos, que muitas vezes se preocupam, mas não podem estar presentes o tempo todo.

Quando o idoso entende que o cuidador é um parceiro e não um intruso, a vida se torna mais leve. O orgulho dá lugar à gratidão, e o medo é substituído pela serenidade.
Receber cuidado é, no fundo, um gesto de confiança e humildade - e isso não diminui ninguém, apenas engrandece o coração.

Aceitar um cuidador é abrir a porta para uma nova fase, onde o amor, o respeito e a presença humana se tornam os maiores remédios da alma.


Jandira


Imagem: Freepik

terça-feira, 7 de outubro de 2025

Aproveite o verão com alegria e cuidado



O verão chega sempre cheio de vida: os dias ficam mais longos, as ruas ganham cores, as flores desabrocham e o clima nos convida a sair de casa. Para quem está na terceira idade, essa estação pode ser uma verdadeira fonte de energia e vitalidade. É tempo de renovar os ânimos, buscar momentos de lazer e se permitir aproveitar a vida em sua plenitude.

No entanto, junto com toda essa alegria, o verão também exige atenção especial, pois o calor intenso pode trazer desconfortos e até riscos para a saúde dos mais velhos. A boa notícia é que, com alguns cuidados simples, é possível desfrutar do melhor que essa estação oferece, mantendo o corpo saudável e o coração tranquilo.

Atividades que trazem leveza e prazer 

O verão é a estação ideal para passeios ao ar livre. Uma caminhada leve no parque, sentir a brisa em um jardim florido ou simplesmente descansar à sombra de uma árvore são pequenos prazeres que fazem grande diferença no nosso bem-estar.

Outra forma deliciosa de aproveitar essa época é praticar atividades suaves: dançar uma música alegre, fazer exercícios de alongamento ou até mesmo dar um mergulho no mar ou na piscina. Essas práticas ajudam a manter o corpo ativo, as articulações mais soltas e a mente mais relaxada.

E claro, o verão é também uma temporada de encontros! É tempo de abrir a casa para familiares, reunir os amigos, compartilhar refeições leves, sucos refrescantes e boas conversas. Esses momentos de convivência fortalecem vínculos e trazem alegria ao coração.

Cuidados que fazem toda a diferença 

Para aproveitar essa estação com segurança, alguns hábitos são indispensáveis:

  • Hidratação constante: Nosso corpo perde mais líquidos no calor, por isso é essencial beber água várias vezes ao dia, mesmo quando não sentimos sede.

  • Alimentação equilibrada: Prefira frutas frescas, verduras coloridas e refeições leves. Melancia, abacaxi, pepino e alface são alimentos que refrescam e ajudam a hidratar.

  • Proteção contra o sol: Chapéus, roupas leves e claras, protetor solar e óculos escuros são grandes aliados para evitar insolação e problemas de pele.

  • Atenção à saúde: O calor pode alterar a pressão arterial, causar tontura ou cansaço. É importante respeitar os limites do corpo e, sempre que necessário, procurar orientação médica.

  • Descanso adequado: Nos dias muito quentes, o corpo pede pausas. Aproveitar para descansar em locais arejados e bem ventilados é essencial para manter a energia.

O verão como celebração da vida 

Mais do que uma estação, o verão é um convite para viver o presente com intensidade. Para nós, idosos, é a oportunidade de provar que cada fase da vida tem sua beleza. Podemos desfrutar dessa época com serenidade, gratidão e o brilho nos olhos de quem sabe valorizar os pequenos momentos.

Com equilíbrio entre diversão e cuidados, o verão se transforma em uma estação de bem-estar e renovação. Afinal, a vida é feita dessas experiências simples, que aquecem o corpo e, sobretudo, o coração.


Jandira

Imagem: Freepik

terça-feira, 30 de setembro de 2025

Nunca é tarde para descobrir o mundo



Sempre acreditei que cada fase da vida traz suas belezas e oportunidades. Hoje, vivendo a terceira idade, percebo que existe um grande tesouro ao nosso alcance: a chance de descobrir o mundo com um olhar diferente, mais maduro e cheio de sensibilidade.

Muita gente acredita que viajar, aprender coisas novas ou se aventurar em experiências diferentes é privilégio da juventude. Eu penso justamente o contrário. É agora, com mais calma no coração e sabedoria acumulada, que conseguimos aproveitar cada detalhe com intensidade. Não temos pressa. Não corremos contra o relógio. E é justamente isso que torna cada descoberta ainda mais especial.

Viajar, por exemplo, não precisa significar longas jornadas ou passagens internacionais. Pode ser uma visita a uma cidade vizinha, uma excursão em grupo, uma caminhada por um parque que nunca exploramos ou até mesmo um reencontro com lugares que já conhecemos, mas que ganham outro significado com o passar do tempo. O que importa não é a distância percorrida, mas a alegria de se permitir viver novas experiências.

Descobrir o mundo também é aprender. Uma nova receita na cozinha, um curso online de tecnologia, uma aula de dança, um exercício de alongamento, um artesanato ou até mesmo o desafio de usar melhor o celular ou o tablet. Cada pequeno passo é uma forma de nos mantermos vivos, ativos e conectados com o presente.

E como é gratificante compartilhar essas descobertas! Estar entre amigos, rir das próprias tentativas, trocar experiências e dividir conquistas enche nossa vida de pertencimento. Criamos laços fortes, fortalecemos amizades e nos emocionamos com cada história compartilhada. Nessas trocas, percebemos que nunca estamos sozinhos e que sempre há alguém disposto a caminhar conosco.

O mais bonito é perceber que o mundo não é feito apenas de paisagens distantes. Ele também está nas pequenas alegrias do dia a dia: em um encontro para um café, em um recital de música, em um passeio no bairro ou até no simples hábito de olhar o céu e agradecer pelo dia vivido.

Por isso, digo com toda certeza: nunca é tarde para descobrir o mundo. Seja ele grande, lá fora, cheio de horizontes distantes, ou pequeno, dentro da nossa rotina, mas carregado de novidades que esperam ser exploradas. O que importa é manter a alma curiosa, o olhar atento e a coragem de se permitir viver.

Porque, no fim, o mundo é do tamanho do nosso coração.


Jandira


Imagem: Freepik

terça-feira, 23 de setembro de 2025

Recital de músicas para idosos: um presente para o coração



A música tem o poder de atravessar o tempo, despertar lembranças adormecidas e aquecer o coração. Para nós, da terceira idade, ela é muito mais do que simples melodia: é memória viva, é companhia, é ponte que liga o passado ao presente. Cada canção carrega histórias, afetos e marcas de momentos que ficaram gravados em nossa alma.

Por isso, um recital de músicas voltado para a terceira idade não é apenas um espetáculo cultural. É um verdadeiro encontro com quem fomos e com quem ainda somos. É como se cada nota ressoasse dentro de nós, trazendo de volta imagens de nossa juventude, da família reunida em volta do rádio, dos bailes de antigamente, das serenatas e até das músicas que embalaram nossos primeiros amores.

Emoção que se renova a cada acorde

Participar de um recital é uma experiência única. Não se trata apenas de ouvir belas canções, mas de viver intensamente a emoção que elas despertam. Ao soar de uma melodia conhecida, os olhos brilham, os sorrisos surgem espontâneos e, muitas vezes, as lágrimas brotam com naturalidade. É a memória cantando dentro de nós.

A música tem esse dom: abre portas que o tempo parecia ter fechado e nos lembra que nossa história é feita de momentos inesquecíveis. Cada acorde, cada letra, cada interpretação é uma viagem no tempo.

Convivência e alegria compartilhada

Mais do que a emoção individual, o recital é também um espaço de convivência. Reunir amigos, familiares e a comunidade em torno da música cria laços e fortalece sentimentos de pertencimento. Cantar juntos, aplaudir juntos, sorrir juntos - tudo isso nos dá a certeza de que ainda temos muito a viver, sentir e compartilhar.

Nesses encontros, a música cumpre o papel de unir gerações. Filhos, netos e bisnetos também se encantam ao conhecer as canções que marcaram nossas vidas, e muitas vezes passam a olhar nossa história com ainda mais admiração. A música é, assim, um elo entre passado, presente e futuro.

Saúde para o corpo e para a alma

Além de toda a beleza e emoção, a música traz benefícios reais para a saúde. Estudos mostram que ouvir ou cantar ajuda a estimular a memória, reduz a ansiedade, melhora o humor e até fortalece o raciocínio. O recital, portanto, é também uma terapia natural, que traz bem-estar e vitalidade para quem participa.

Um presente para o coração

Promover ou participar de um recital de músicas para a terceira idade é muito mais do que assistir a um espetáculo: é celebrar a vida. É lembrar que o tempo pode passar, mas as canções permanecem vivas dentro de nós. Elas nos acompanham, nos consolam, nos animam e nos fazem acreditar que cada fase da vida pode ser vivida com beleza e intensidade.

A música é eterna. E, enquanto houver um coração disposto a escutá-la, haverá sempre uma nova razão para sorrir, recordar e agradecer.


Jandira


Imagem: Freepik

terça-feira, 9 de setembro de 2025

A importância da amizade na vida dos idosos



Com o passar dos anos, vamos descobrindo que a vida é feita de momentos simples e de pessoas especiais que caminham ao nosso lado. Entre todas as riquezas que podemos guardar, a amizade é, sem dúvida, uma das mais preciosas.

Na terceira idade, esse valor se torna ainda mais claro. Muitas vezes, já cumprimos nossas responsabilidades com trabalho e família, e o coração começa a buscar algo que alimente a alma. É nesse momento que as amizades se revelam como fonte de alegria, conforto e pertencimento.

Uma conversa tranquila, uma risada compartilhada, uma oração feita em conjunto ou até mesmo o silêncio na companhia de alguém querido têm o poder de transformar um dia comum em algo cheio de significado. A amizade aquece, renova e nos lembra que nunca estamos sozinhos.

Amigos são aqueles que entendem nossas histórias sem julgamentos, que nos escutam com paciência e carinho. São os que celebram nossas conquistas, mesmo as pequenas, e que seguram nossa mão quando enfrentamos desafios. Na terceira idade, cada amizade é como uma flor que desabrocha novamente, trazendo beleza ao jardim da vida.

Também acredito que a amizade tem o poder de manter a mente e o coração jovens. Quando nos encontramos com pessoas queridas, trocamos experiências, aprendemos coisas novas e redescobrimos a alegria de viver. Essa troca constante fortalece não só os laços afetivos, mas também nossa saúde emocional.

Por isso, cultivar amizades é cuidar de nós mesmos. É abrir espaço para a ternura, para a leveza e para a esperança. Afinal, a amizade é uma das formas mais bonitas de amor — um amor sem pressa, sem cobrança, apenas cheio de presença.

Jandira


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terça-feira, 2 de setembro de 2025

Viajar é renovar a vida



Viajar: pertencimento, amizade e alegria na terceira idade

Sempre digo que viajar é muito mais do que trocar de lugar: é renovar a vida. Quando nós, da terceira idade, decidimos embarcar em uma viagem — seja ela curta ou longa — levamos conosco não apenas malas, mas também a esperança de viver momentos únicos.

O que mais me encanta é perceber como a viagem fortalece amizades. Estar com pessoas queridas, descobrir juntas um novo destino, rir de imprevistos, dividir refeições ou simplesmente caminhar lado a lado... tudo isso cria uma ligação especial, difícil de explicar em palavras, mas fácil de sentir no coração. Cada viagem se torna uma oportunidade de estreitar laços e construir novas histórias de convivência.

Viajar também nos dá um sentimento de pertencimento. Não importa se estamos em um grupo de excursão, em família ou com amigas, o simples ato de compartilhar experiências nos faz sentir parte de algo maior. É como se cada lembrança construída fosse um tijolinho na casa da nossa história. Nesses momentos, percebemos que não estamos sozinhos: há sempre alguém para sorrir conosco, para dividir o silêncio de uma paisagem ou até mesmo para nos dar a mão em um momento de cansaço.

E quanta alegria! Ver lugares diferentes, experimentar novos sabores, ouvir histórias locais, tirar fotos para eternizar os instantes... cada detalhe se transforma em memória afetiva. A viagem é um presente que continua mesmo depois de terminada, porque guardamos lembranças que nos acompanham pelo resto da vida. É uma forma de encher o coração de cores, cheiros e sons que ficam gravados para sempre em nossa memória.

Não é preciso atravessar oceanos para sentir isso. Às vezes, um simples passeio para uma cidade vizinha já é suficiente para nos trazer encantamento. O que importa não é a distância percorrida, mas sim o olhar atento e a disposição para viver cada momento.

Para mim, viajar é isso: fortalecer laços, criar memórias e renovar o coração. É sentir que nunca é tarde para descobrir o mundo e, principalmente, para viver momentos felizes. Porque, no fim, o maior destino que uma viagem nos leva é sempre dentro de nós mesmos: para um lugar de paz, pertencimento e alegria.

Jandira


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terça-feira, 19 de agosto de 2025

Quando a Amizade se Transforma em Solidariedade



Existem momentos na vida que nos enchem de alegria e aquecem o coração. Um deles é quando me reúno com minhas amigas para o nosso Chá Beneficente. Esse encontro acontece uma vez por mês, sempre na casa de uma de nós, e se tornou uma tradição cheia de carinho, fé e solidariedade.

Começamos sempre com uma oração. É um instante de espiritualidade e gratidão, em que cada uma pode silenciar a alma, agradecer pelas bênçãos recebidas e pedir forças para enfrentar os desafios da vida. Essa abertura já traz uma energia diferente para o nosso encontro, criando um ambiente de paz e união.

Em seguida, vem a parte mais gostosa: sentamos juntas, tomamos um chá, provamos bolos e quitutes preparados com tanto carinho, e nos dedicamos a conversar. Rimos, relembramos histórias, partilhamos nossas alegrias e também desabafamos nossas preocupações. A amizade, nesses momentos, mostra sua força: é um bálsamo que acalma, fortalece e nos faz sentir que nunca estamos sozinhas.

Mas o que torna esses encontros ainda mais especiais é o gesto de solidariedade. Cada uma de nós leva alimentos não perecíveis, que depois são destinados a famílias em situação de necessidade. Esse ato simples, mas cheio de significado, transforma nossa reunião em algo muito maior. Deixa de ser apenas um encontro social e passa a ser também uma ação de amor ao próximo.

Unimos, assim, o útil ao agradável: cultivamos a amizade e, ao mesmo tempo, oferecemos esperança e cuidado a quem precisa. Esse gesto coletivo nos mostra que, quando nos reunimos com propósito, podemos fazer uma diferença real na vida de outras pessoas.

A cada mês, a anfitriã abre as portas de sua casa, e nós abrimos nossos corações. Juntas, percebemos que a solidariedade não depende de grandes gestos, mas da constância, do carinho e da disposição em partilhar o que temos. Pequenas atitudes, quando somadas, transformam-se em grandes resultados.

Participar desses Chás Beneficentes me faz refletir sobre o verdadeiro sentido da vida: viver é compartilhar. Compartilhar tempo, sorrisos, histórias e também recursos que podem aliviar a dor do outro. Essa experiência nos lembra que sempre podemos estender a mão, e que o amor, quando colocado em prática, se multiplica.

Jandira


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terça-feira, 12 de agosto de 2025

Um presente carinhoso da minha neta que aqueceu a minha alma



Dias atrás, recebi um presente muito especial da minha neta Victoria: um curso online de crochê e bordado. Confesso que, no momento em que ela me entregou, meu coração se encheu de alegria. Não era apenas um curso, era um gesto de carinho, de incentivo e de confiança nas minhas mãos e na minha criatividade.

Ainda estou no início das aulas, aprendendo ponto por ponto, com calma e paciência. Mesmo assim, já percebo o quanto esse trabalho manual é mais do que um passatempo. Ele acalma, exercita a paciência, treina a memória e, acima de tudo, dá uma satisfação imensa ao ver algo bonito nascer das próprias mãos.

Tenho pensado muito sobre como, na terceira idade, é importante termos atividades que nos mantenham ativas, motivadas e conectadas com nossa própria essência. Trabalhos manuais, como crochê, bordado, pintura, patchwork ou cerâmica, não são apenas artes, são verdadeiras terapias para a mente e para o coração.

Por isso, deixo aqui meu incentivo às minhas amigas e leitoras: experimentem algo novo ou retomem aquela habilidade que ficou guardada no tempo. Não importa se o primeiro ponto sai torto ou se a pintura fica borrada. O importante é o prazer de criar, de aprender e de se redescobrir.

Hoje, enquanto treino meus pontos no crochê e sigo descobrindo novas técnicas, lembro com carinho do presente da Victoria e agradeço por me lembrar que nunca é tarde para aprender, para criar e para se encantar.

Jandira


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sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Yoga na Maturidade



Yoga: um convite ao bem-estar

Você já pensou em praticar yoga?
Muita gente acha que é preciso ser jovem, flexível ou forte. Mas a verdade é que a yoga é para todos - inclusive (e especialmente) para quem já tem cabelos brancos e muita sabedoria.

A prática da yoga é suave, respeita os limites do corpo e pode ser adaptada para cada fase da vida. Não se trata de fazer acrobacias, mas de se reconectar com o próprio corpo, respirar com mais consciência e encontrar um momento de paz no meio da rotina.

É difícil?

No começo, tudo que é novo parece desafiador. Mas a yoga para idosos é feita com movimentos leves e seguros. Muitas vezes, é praticada sentada numa cadeira ou até mesmo deitada. O importante é escutar o corpo - e isso, os mais velhos fazem como ninguém.

Quais os benefícios?

Os benefícios são muitos:

  • Melhora a flexibilidade e a força muscular;

  • Alivia dores nas articulações;

  • Reduz a ansiedade e o estresse;

  • Melhora o sono;

  • Traz mais equilíbrio, físico e emocional.

E o melhor: não exige equipamentos caros, nem pressa. A yoga ensina a viver o presente, com calma e gratidão.

Um convite carinhoso

Se você nunca experimentou, dê uma chance. Procure uma aula para iniciantes, de preferência voltada para a terceira idade. Vá no seu ritmo, sem cobrança. Você pode se surpreender com a leveza que a yoga traz para o corpo e para a alma.

Porque, no fim das contas, nunca é tarde para cuidar de si mesma.
E como diz o nome do nosso blog: é o coração que fala, e ele pede aconchego, equilíbrio e bem-estar.


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sexta-feira, 18 de julho de 2025

Quando perdemos, também guardamos




Com o tempo, a vida nos ensina que a perda faz parte do caminho. Amigos que se vão, familiares que nos deixam… tudo isso mexe conosco, toca nossas lembranças e desperta sentimentos difíceis de explicar. Mas, ainda assim, seguimos. E não seguimos por obrigação, mas porque a vida continua chamando - mesmo que de mansinho.

Na terceira idade, já vivemos muitas histórias. Algumas tão felizes que nos fazem sorrir só de lembrar. Outras com despedidas que apertam o peito. Mas é importante saber: aquilo que vivemos com quem amamos não se perde. Fica guardado em nós - no jeito de falar, numa receita de família, numa música que toca de repente.

A perda nos faz olhar com mais carinho para o presente. A gente aprende a valorizar o que parecia simples: um abraço apertado, uma conversa despretensiosa, um café demorado com risadas no meio. Cada momento vivido passa a ter um brilho especial, porque a gente sabe que a vida é feita mesmo dessas pequenas coisas.

E quando alguém querido parte, não é preciso apagar a saudade. Ela pode até doer, mas também nos conecta ao que foi bom. Permitir-se lembrar, falar sobre quem se foi, partilhar histórias… tudo isso ajuda a manter viva a presença de quem amamos. A memória se transforma em aconchego.

É claro que haverá dias mais silenciosos, de coração apertado. Mas há também os dias em que a lembrança vem como um carinho - como se a pessoa estivesse ali, sorrindo com a gente. E isso conforta.

O importante é não se fechar para a vida. Continuar fazendo planos, mesmo que pequenos. Estar perto de quem nos quer bem. Participar de rodas de conversa, de grupos, de passeios. O afeto cura. A convivência aquece. E o tempo, gentilmente, vai colocando tudo em seu lugar.

Perder faz parte da caminhada. Mas o que foi amor verdadeiro, amizade sincera, convivência gostosa - isso nunca se perde de verdade. Fica. Vive dentro da gente.

Porque quando perdemos, também guardamos. E é isso que nos faz seguir - com o coração cheio de histórias, de afetos e da certeza de que a vida, apesar de tudo, continua valendo a pena.

Jandira


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sábado, 12 de julho de 2025

A Importância da Participação dos Idosos nas Redes Sociais

 

Conectados com o Mundo

Na vida, nunca é tarde para aprender algo novo. A cada dia, mais e mais idosos estão descobrindo que as redes sociais não são exclusividade dos jovens — elas também podem ser um espaço de encontro, alegria, informação e, principalmente, pertencimento.

Redes sociais: um novo espaço de convivência

As redes sociais como WhatsApp, Facebook, Instagram e até o TikTok têm se tornado grandes aliadas dos idosos. Elas ajudam a manter contato com filhos, netos e amigos que moram longe. Por meio de uma tela, é possível ver rostos queridos, mandar mensagens carinhosas e acompanhar o dia a dia de quem se ama.

Além disso, há grupos voltados especialmente para a terceira idade, com assuntos que interessam, trocas de experiências, receitas, vídeos de humor e até cursos gratuitos. Isso tudo fortalece a autoestima e traz a sensação de que ainda se faz parte do todo, da sociedade ativa e viva.

Benefícios emocionais e cognitivos

Estar nas redes sociais ajuda a exercitar a memória, aprender novas habilidades e manter a mente ativa. É uma forma leve de combater o isolamento, a tristeza e até prevenir quadros de depressão.

A cada curtida, comentário ou nova amizade virtual, o coração se enche de vida. Saber que há pessoas que compartilham pensamentos, valores e histórias parecidas traz conforto. É como tomar um café gostoso, mas à distância — e com muito afeto.

Dicas para começar a usar as redes sociais

Se você ainda não entrou nesse mundo digital, aqui vão algumas dicas simples para começar:

  1. Peça ajuda a um familiar ou amigo: um filho, neto ou vizinho pode ajudar a instalar e configurar os aplicativos no celular ou tablet.

  2. Comece pelo WhatsApp: é fácil de usar e ótimo para conversar com pessoas queridas.

  3. Crie uma conta no Facebook: ideal para reencontrar amigos antigos e participar de grupos de interesse.

  4. Siga páginas e perfis com assuntos que você gosta: artesanato, jardinagem, culinária, música, notícias, entre outros.

  5. Participe de grupos de idosos: muitos deles trocam dicas, fazem amizades e até organizam encontros virtuais.

Uma nova fase cheia de possibilidades

Não tenha medo da tecnologia. Com paciência e curiosidade, você verá como esse universo pode ser leve e encantador. Os idosos têm muito a ensinar, a viver e a compartilhar. As redes sociais podem ser uma ponte entre gerações, entre corações, entre mundos.

Se você ainda não se aventurou por esse caminho, que tal dar o primeiro passo hoje?
Afinal, o mundo digital também é um lugar para você — com a sua sabedoria, sua experiência e a sua presença única.

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sexta-feira, 4 de julho de 2025

Esquecimentos na Terceira Idade



Quando a Memória Falha

Com o avanço da idade, é comum notarmos algumas falhas de memória no nosso dia a dia. Esquecer onde colocou as chaves, confundir datas ou demorar um pouco mais para lembrar o nome de alguém conhecido. Mas até que ponto isso é normal? E quando devemos nos preocupar?

Neste artigo, vamos conversar sobre a perda de memória na terceira idade, de forma leve e acolhedora — como uma boa prosa entre amigos.

O que é normal esquecer com o tempo?

O envelhecimento natural do cérebro pode causar lentidão no raciocínio e pequenos esquecimentos. Isso é absolutamente normal. Assim como o corpo, o cérebro também sente o passar dos anos.

Alguns exemplos comuns:

  • Esquecer onde guardou objetos.

  • Trocar nomes de pessoas.

  • Esquecer compromissos, mas lembrar depois.

  • Ter dificuldade para encontrar uma palavra, mas conseguir com calma.

Esses esquecimentos não costumam atrapalhar a vida da pessoa e fazem parte do processo natural do envelhecimento.

Quando o esquecimento pode ser sinal de alerta?

É preciso atenção quando a perda de memória passa a interferir na rotina ou nas relações. Alguns sinais que merecem ser observados:

  • Repetir as mesmas perguntas várias vezes.

  • Esquecer nomes de pessoas próximas ou fatos recentes.

  • Perder-se em lugares conhecidos.

  • Ter dificuldade para realizar tarefas simples do dia a dia.

Nesses casos, é importante procurar um médico, preferencialmente um neurologista ou geriatra. Pode ser apenas algo passageiro — como estresse, ansiedade ou efeito de medicamentos — mas também pode ser o início de algum quadro mais sério, como a Doença de Alzheimer.

O que pode causar perda de memória?

Além do envelhecimento natural, outros fatores também afetam a memória:

  • Falta de sono.

  • Depressão e ansiedade.

  • Uso de certos medicamentos.

  • Doenças como hipertensão, diabetes e problemas na tireoide.

Por isso, é essencial fazer exames de rotina e conversar com o médico sempre que notar mudanças no funcionamento da mente.

Como cuidar da memória?

A memória pode (e deve!) ser estimulada em todas as idades. Algumas atitudes simples fazem toda a diferença:

  • Leia com frequência — livros, revistas ou até mensagens no celular.

  • Mantenha-se ativo — caminhar, dançar, fazer alongamentos.

  • Alimente-se bem — uma dieta saudável ajuda também o cérebro.

  • Durma com qualidade — o sono ajuda a fixar as memórias.

  • Converse bastante — interagir com outras pessoas fortalece o raciocínio.

  • Aprenda coisas novas — como usar o tablet, fazer crochê ou participar de oficinas culturais.

O apoio da família e dos amigos é fundamental

Por fim, vale lembrar: ninguém deve passar por isso sozinho. Ter com quem conversar, rir, dividir as dificuldades e receber apoio faz toda a diferença na vida de quem está enfrentando falhas de memória.

Falar sobre o assunto com carinho e naturalidade é o primeiro passo para o cuidado e o acolhimento.

Cuidar da memória é cuidar de si. E toda pessoa merece envelhecer com dignidade, respeito e amor.


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sábado, 28 de junho de 2025

Exercícios leves para manter o corpo ativo no frio

Quando o frio chega, a vontade de ficar debaixo das cobertas é quase irresistível. No entanto, especialmente para nós, que já vivemos tantas estações, é importante manter o corpo em movimento, mesmo nos dias mais gelados. No inverno, nosso corpo tende a ficar mais enrijecido, as articulações podem doer um pouco mais e a circulação pode se tornar mais lenta. Por isso, o movimento é um verdadeiro aliado da saúde.

Não se trata de fazer grandes esforços ou se obrigar a sair ao ar livre em temperaturas baixas. Mas sim de criar pequenos hábitos dentro de casa, com cuidado e carinho com o nosso corpo.

Caminhar pela casa durante o dia já é um bom começo. Levantar-se de tempos em tempos, esticar os braços, girar os ombros, fazer movimentos circulares com os tornozelos e joelhos — tudo isso ajuda a ativar a circulação e evitar dores.

Alongamentos suaves pela manhã também são uma forma de acordar o corpo com gentileza. Basta inspirar profundamente, erguer os braços lentamente e soltá-los devagar, repetindo algumas vezes. Isso já dá ânimo e aquece o coração.

Para quem gosta, dançar uma música preferida por alguns minutos pode ser uma alegria. Mexer o corpo ao som de uma canção querida é exercício e bem-estar ao mesmo tempo.

E lembre-se: antes de começar qualquer rotina de movimento, mesmo que leve, é importante respeitar seus limites. Se houver alguma dor ou desconforto, pare e retome aos poucos. E se possível, converse com seu médico.

O inverno pode ser tempo de recolhimento, sim. Mas também pode ser tempo de cuidar de si com delicadeza, movimento e presença. Afinal, quando o corpo se move, a vida também se aquece por dentro.


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sexta-feira, 13 de junho de 2025

Cuidados com o Frio na Terceira Idade



Porque proteger-se bem no inverno é um gesto de carinho com o corpo e o coração

Quando as temperaturas caem, nosso corpo sente — e na terceira idade, essa sensibilidade é ainda maior. O frio pode agravar problemas respiratórios, articulares e até emocionais, como a tristeza e a solidão.

Por isso, é importante redobrar os cuidados durante os dias frios, adotando atitudes simples, mas que fazem toda a diferença na saúde e no bem-estar.

Por que os idosos sentem mais frio?

Com o envelhecimento, o corpo perde parte da capacidade de manter a temperatura interna estável. A circulação sanguínea fica mais lenta e a camada de gordura sob a pele diminui. Além disso, doenças como diabetes e hipertensão também podem interferir na sensação térmica.

Tudo isso faz com que os idosos sejam mais vulneráveis ao frio - e, consequentemente, a problemas como gripes, pneumonias, quedas e dores articulares.

Dicas importantes para se proteger bem no frio

Vista-se em camadas: usar roupas leves por baixo e casacos por cima ajuda a manter o corpo aquecido e permite ajustes ao longo do dia.

Proteja pés e cabeça: meias, toucas e mantas ajudam a evitar a perda de calor por essas regiões.

Evite sair em horários muito frios: se possível, prefira sair no fim da manhã ou início da tarde, quando a temperatura está mais amena.

Mantenha o ambiente aquecido, mas ventilado: o ar precisa circular para evitar mofo e acúmulo de vírus.

Tome líquidos quentes: chás, caldos e sopas são ótimos aliados para hidratar e aquecer ao mesmo tempo.

Não se esqueça da hidratação: mesmo sem sentir tanta sede, o corpo continua precisando de água.

Cuidado com o piso escorregadio: o uso de tapetes antiderrapantes e calçados com sola firme é essencial para evitar quedas.

Cuide também do lado emocional

Os dias frios muitas vezes trazem um clima de recolhimento, e isso pode acentuar sentimentos de solidão em pessoas idosas. É importante manter o convívio social, conversar com amigos e familiares, e buscar atividades que tragam prazer - mesmo dentro de casa.

O frio exige atenção, mas com carinho e cuidados simples, é possível passar por essa estação com saúde, conforto e alegria. Afinal, cada estação da vida pode ser bonita - quando cuidamos bem de nós mesmos.


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sexta-feira, 6 de junho de 2025

Alimentação Adequada para a Terceira Idade



Porque cuidar do que comemos também é cuidar da vida

À medida que os anos passam, o nosso corpo vai se transformando - e com ele, os nossos hábitos também precisam mudar. Uma alimentação saudável e equilibrada faz toda a diferença para mantermos nossa energia, prevenir doenças e vivermos com mais bem-estar.

Na terceira idade, não podemos mais comer de tudo e em qualquer quantidade. Mas isso não significa abrir mão do sabor ou do prazer à mesa. Significa, sim, fazer escolhas mais conscientes e amorosas com o nosso corpo.

Por que precisamos adaptar nossa alimentação?

Conforme envelhecemos, o metabolismo desacelera e o organismo passa a absorver nutrientes de maneira diferente. A massa muscular tende a diminuir, e problemas como pressão alta, diabetes e colesterol alto se tornam mais comuns.

Comer bem, portanto, é uma forma de cuidar da saúde física e mental, prevenindo complicações e aumentando nossa qualidade de vida.

O que deve estar presente no prato do idoso?

Verduras e legumes variados: são ricos em fibras, vitaminas e minerais. Inclua uma boa salada todos os dias.

Frutas frescas: ajudam na digestão, fortalecem o sistema imunológico e adoçam a vida naturalmente.

Proteínas leves: como ovos, peixes, frango, grão-de-bico, lentilha e feijão. Elas ajudam a manter os músculos fortes.

Leite e derivados com baixo teor de gordura: fontes importantes de cálcio para ossos e dentes.

Carboidratos integrais: como arroz integral, aveia, batata-doce e pães integrais. Dão energia de forma mais equilibrada.

Água, muita água! Mesmo sem sentir tanta sede, é importante se hidratar ao longo do dia.

E o que devemos evitar ou reduzir?

Açúcares em excesso: doces, bolos e refrigerantes devem ser consumidos com moderação.

Sal demais: pode elevar a pressão arterial e sobrecarregar os rins.

Frituras e alimentos pesados: dificultam a digestão e aumentam o colesterol.

Alimentos ultraprocessados: como embutidos, salgadinhos e produtos industrializados.

Dicas simples que fazem a diferença:

Faça refeições leves e em horários regulares.

Coma devagar, mastigando bem e apreciando os sabores.

Prefira alimentos assados, cozidos ou grelhados em vez dos fritos.

Sempre que possível, consulte um nutricionista para orientações personalizadas.

Para refletir: Comer bem é um gesto de amor-próprio

A boa alimentação é um dos pilares da longevidade com qualidade. Mais do que seguir regras rígidas, é importante escutar o corpo, respeitar seus limites e fazer escolhas que nutram não só o corpo, mas também o coração.

Afinal, como diz o nome deste blog: Quando Fala o Coração, é sempre com sabedoria.


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