sábado, 28 de novembro de 2015

Contar as mordidas durante as refeições ajuda a perder peso

De acordo com um novo estudo, a técnica pode substituir a contagem de calorias
A técnica consiste em contas quantas mordidas se dá em um dia normal e reduzir esse número em 20% pelos próximos dias. Também é importante Também é preciso priorizar alimentos saudáveis como frutas, verduras e carne magra (Thinkstock/VEJA)



Contar mordidas pode ajudar na perda e na manutenção do peso. É o que diz um estudo publicado recentemente no periódico científico Advances in Obesity, Weight Management & Control. As informações são do jornal americano The New York Times.
Para Josh Ocidente, professor associado de ciências da saúde da Universidade Brigham Young, nos Estados Unidos, e um dos autores do estudo, contar calorias pode ser complicado e desanimador. Diante disso, ele e seus colegas decidiram testar se contar mordidas, algo bem mais simples, poderia ter o mesmo efeito benéfico para o organismo.
Os pesquisadores recrutaram 61 participantes, com sobrepeso ou obesos, com idade entre 18 e 65 anos. Os voluntários foram pesados e medidos e, em seguida, ouviram 10 minutos de explicação sobre a nova "técnica".
Inicialmente, os participantes só precisavam contar as mordidas de todas as suas refeições, durante uma semana, e enviá- las diariamente aos pesquisadores, sem alterar seus hábitos alimentares.
Na segunda etapa, metade dos voluntários de reduzir a quantidade de mordidas em 20% e o restante em 30%. O único conselho dos pesquisadores foi que eles priorizassem alimentos que dessem maior sensação de saciedade, já que eles estariam comendo menos. Durante um mês, os participantes precisavam enviar relatórios diários com a contagem de suas mordidas e deveriam ir ao laboratório uma vez por semana para pesagem. Após esse período, os resultados mostraram que ambos os grupos tinham perdido, em média, 1,6 kg.
De acordo com os autores, uma das possíveis razões para a mesma perda de peso nos dois grupos é que aqueles que tiveram de reduzir suas mordidas em 30% comeram alimentos mais calóricos em busca de maior saciedade.
Embora sejam necessários estudos maiores sobre o assunto, West afirma que contar mordidas pode ser uma boa técnica a ser adotada por aqueles que querem emagrecer, mas não gostam de contar calorias. Para isso, é necessário contar quantas mordidas você dá em um dia normal e tentar reduzir esse número em 20% para perder peso.
Prestar atenção em quantas vezes você mastiga ou engole e priorizar alimentos saudáveis como frutas, verduras e carne magra também ajuda no processo. "Menos mordidas não vai te ajudar a perder peso se cada uma dessas mordidas é a sobremesa", afirmou West.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Tomar chá fortalece os ossos

De acordo com novo estudo, o consumo de três xícaras da bebida por dia reduz em 33% o risco de fraturas ósseas.

As mulheres que bebiam três ou mais xícaras de chá por dia tinham uma probabilidade 30% menor de sofrer uma fratura, em comparação com aquelas que bebiam menos de uma xícara de chá por semana(VEJA.com/Thinkstock)

O consumo diário de três xícaras de chá pode reduzir em 33% o risco de fraturar o quadril. É o que diz um estudo publicado no periódico cientifico Journal of Clinical Nutrition.
Cientistas dos Hospitais Sir Charles Gairdner, em Perth, de Royal Perth e da Universidade do Sul da Austrália Flinders, em Adelaide, todos na Austrália, avaliaram a saúde de cerca de 1.200 mulheres, com cerca de 70 anos. Cada uma das participantes respondeu sobre seus hábitos de consumo de chá e foi acompanha de perto pelos pesquisadores por um período de dez anos.
Ao longo do estudo 288 mulheres caíram e quebraram um osso. Quase a metade delas sofreram fraturas no quadril. Os resultados mostraram que as mulheres que bebiam três ou mais xícaras de chá por dia tinham uma probabilidade 30% menor de ter o osso fraturado, em comparação àquelas que bebiam menos de uma xícara de chá por semana. Diante disso, os pesquisadores concluíram que cada xícara de chá correspondia à redução de 9% no risco de fratura.
"Há evidências de que os alimentos ricos em flavonoides (classe de fitoquímicos amplamente distribuídos em alimentos vegetais), como frutas, vegetais e chás, podem estar relacionados à perda de massa óssea. E o chá é a principal fonte dessa substância para muitas populações. Nossos resultados apoiam a hipótese de que o chá e os seus flavonoides podem ter um efeito protetor à saúde óssea.", disse Jonathan Hodgson, um dos autores do estudo.
Os autores afirmam que são necessárias mais pesquisas para recomendar o chá como alimento de prevenção à osteoporose. Mas, eles acreditam que a bebida poderá, sim, se tornar uma arma poderosa contra a doença que acomete, sobretudo, mulheres que já entraram na menopausa.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Fazer exercícios retarda o envelhecimento

Um estudo americano mostrou que a prática de atividade física reduz a deterioração celular. O trabalho envolveu 6.500 homens e mulheres com idade entre 20 e 84 anos

A prática de atividade física contribuiu para a redução de 3% a 59% no encurtamento dos telômeros, estruturas celulares cujo desgaste corresponde ao envelhecimento celular (Thinkstock/VEJA)


Praticar atividade física ajuda a retardar o envelhecimento celular. É o que diz um estudo publicado recentemente, no periódico científico Sports & Exercise.
O novo estudo, realizado por pesquisadores das Universidades do Mississipi e da Califórnia, ambas nos Estados Unidos, comprova que a prática de atividade física (em qualquer quantidade) retarda a diminuição do comprimento dos telômeros. Essas estruturas são pequenas cápsulas encontradas no final de cadeias de DNA que o protegem contra possíveis danos causados pela divisão e replicação celular. À medida que as células envelhecem os telômeros naturalmente encurtam e se desgastam.
Sendo assim, muitos cientistas usam a medida do comprimento dos telômeros para determinar a idade biológica de uma célula. Também é importante ressaltar que o desgaste destas estruturas pode ser acelerado por fatores como obesidade, tabagismo, insônia, diabetes e outros aspectos relacionados ao estilo de vida. As informações são do jornal americano The New York Times.
O trabalho da Universidades do Mississipi reuniu dados sobre a saúde de 6.500 participantes, com idade entre 20 e 84 anos. Após responderem perguntas relacionadas à prática de exercícios, eles foram categorizados em quatro grupos, de acordo com a quantidade de exercícios praticada. Os resultados mostraram que para cada atividade realizada (caminhada, corrida ou ir ao trabalho a pé ou de bicicleta), os riscos de encurtamento dos telômeros diminuíram significativamente.
O estudo também mostrou que quanto mais exercícios fossem incorporados à rotina, menor era o risco do envelhecimento celular. Dessa forma, as pessoas que realizavam apenas uma atividade eram 3% menos propensas a ter telômeros muito curtos, em comparação com aquelas que não se exercitavam. Entre as pessoas que realizavam dois tipos de exercícios, o índice subiu para 24%. Três tipos, 29%. Quatro tipos, 59%.
Para surpresa dos pesquisadores, a associação entre a prática de atividade física e o tamanho dos telômeros foi mais forte entre as pessoas com idade entre 40 e 65 anos. De acordo com eles, essa descoberta sugere que a meia-idade pode ser um momento chave para iniciar ou manter um programa de exercícios para afastar os telômeros de encolhimento.