sexta-feira, 18 de junho de 2021

Dia da Imigração Japonesa



O Dia da Imigração Japonesa ou Dia Nacional da Imigração Japonesa é comemorado em 18 de junho.

Oficialmente, o Dia Nacional da Imigração Japonesa foi instituído no Brasil através da Lei nº 11.142, de 25 de julho de 2005.

A imigração japonesa começou no início do século XX, como um acordo entre o governo japonês e o brasileiro, uma vez que o Japão vivia uma série crise econômica. Por outro lado, o Brasil necessitava de mão de obra para a lavoura do café.

A colônia japonesa do Brasil está dividida em: isseisnisseissanseis yoseis.




Origem do Dia da Imigração Japonesa

O Dia da Imigração Japonesa é comemorada no dia 18 de junho porque foi a data na qual o primeiro navio aportou ao Brasil com imigrantes japoneses, no porto de Santos, em São Paulo, em 1908.

O navio Kasato Maru trouxe 165 famílias que vieram para trabalhar nos cafezais, outros na exploração de borracha na Amazônia ou nas plantações de pimenta no Pará, que eles próprios trouxeram.

A chegada de navios ocorreria de forma irregular por conta das duas guerras mundiais e a última embarcação a trazer imigrantes japoneses, o navio Nippon Maru, aconteceu em 1973.

A maior parte dos japoneses eram camponeses pobres, oriundos das províncias do Sul e do Norte do Japão, e foi no estado de São Paulo que permaneceu a maior parte dos colonos japoneses que vieram para o Brasil.

Calcula-se que 2 milhões de japoneses e seus descendentes vivam no país e destes 1,3 milhões estejam no estado de São Paulo.

Assim é o estado que mais tem descendentes e com a influência nipônica mais acentuada. Vários japoneses também se estabeleceram em cidades como Atibaia, Suzano e Lins; e na capital, o bairro da Liberdade tornou-se o "bairro japonês" devido à grande concentração de moradores dessa nacionalidade.

Diferente do que ocorreu com outras comunidades japonesas espalhadas pelo mundo, aqui muitos nipônicos casaram-se com os nativos e adotaram a religião local.

Fonte: calendarr.com

quinta-feira, 10 de junho de 2021

A Origem do Dia dos Namorados



O dia dos namorados no Brasil é comemorado dia 12 de junho, sendo uma data reservada para que os casais demonstrem o amor e cuidado mútuo.

Na maioria dos países, essa data é celebrada em fevereiro e leva o nome de Valentine's Day, ou dia de São Valentim, e costuma ser uma ocasião também para homenagear outras pessoas queridas.

Já no território brasileiro, o dia carrega uma história relacionada ao mercado e consumo.

Origem do Dia de São Valentim (Valentine's Day)

Nos países europeus e nos EUA, o dia dos namorados é o Dia de São Valentim, comemorado em 14 de fevereiro.

A data é uma referência a um padre romano chamado Valentim, que no século III foi condenado à morte por contrariar as ordens do imperador Cláudio II.

O monarca havia proibido a realização de casamentos, pois acreditava que homens casados não eram bons soldados.

Entretanto, o padre Valentim, crendo que o casamento fazia parte dos planos divinos, continuou a celebrar matrimônios, indo contra as ordens do estado. Assim, depois de descoberto, foi preso e morto pelo imperador, provavelmente no mês de fevereiro.

Mas antes, quando era prisioneiro, apaixonou-se por uma moça e passou a lhe enviar cartas, em uma delas é possível que tenha assinado "do seu Valentim". É por isso que uma das tradições dos povos que cultuam esse dia é enviar cartões à pessoa amada.

No século V, o papa Gelásio passa a reconhecer o padre como santo e institui o Dia de São Valentim. A partir de então, Valentim passa a ser um símbolos dos apaixonados.

Outro fato que contribuiu para que a data fosse decretada em fevereiro é que nesse mesmo período do ano havia uma festa pagã em Roma intitulada "Lupercalia".

O festival marcava a transição para a primavera e prestava homenagens a deusas mitológicas, sendo também uma oportunidade para a prática de atos sexuais.

Com a oficialização da religião católica, a Igreja resolveu banir o festival, transformando-o em um evento relacionado ao cristianismo.

Dia nos namorados no Brasil

Não é costume do povo brasileiro comemorar o Dia de São Valentim. Por aqui temos outra data que cumpre a mesma função, o Dia dos Namorados, celebrado em 12 de junho.

A história do dia dos namorados, porém, apresenta um enredo mais objetivo. Aqui, a data foi criada com uma função comercial, para aquecer o mercado no mês de junho, considerado fraco em vendas.

O idealizador desse dia foi o empresário João Agripino da Costa Dória Neto (pai do atual Governador João Dória Júnior), que em 1949 formulou uma campanha publicitária que sugeria o dia 12 de junho como uma data para demonstrar o amor ao parceiro através de presentes. O slogan de sua campanha, inclusive, era: "Não é só com beijos que se prova o amor".

O dia foi escolhido pois é a véspera do dia de Santo Antônio, considerado o "santo casamenteiro".

Tal data fez sucesso no país e tornou-se oficialmente a ocasião para demonstrar o amor entre casais. Hoje em dia, junho é um dos meses mais lucrativos para o comércio.

Fonte: todamateria.com.br

quinta-feira, 3 de junho de 2021

Edifício Martinelli - O primeiro arranha-céu construído na cidade de São Paulo


O Edifício Martinelli foi idealizado pelo empresário italiano Giuseppe Martinelli (1870-1946). O projeto original é de autoria do arquiteto húngaro William Fillinger (1888-1968), formado na Academia de Belas-Artes de Viena. Entretanto, as ampliações feitas durante a obra são propostas por Giuseppe Martinelli, que, antes da imigração para o Brasil, na última década do século XIX, faz um curso de construção na Escola Popular de Belas Artes de Lucca, na Itália.

O projeto é iniciado em 1922. Os primeiros desenhos preveem a construção de 14 pavimentos. Durante a obra, Giuseppe demanda o acréscimo de 6 andares à torre, ambicionando construir o primeiro arranha-céu de São Paulo.

Na década de 1920, a cidade tem poucos prédios altos. A maioria dos edifícios não ultrapassa três pavimentos, e a construção mais elevada é o prédio Sampaio Moreira, com 12 andares, também na rua Líbero Badaró. Com o auxílio do sobrinho Ítalo Martinelli como engenheiro-calculista, o empresário amplia para 24 o número de andares. Esse aumento  faz com que a construção seja embargada, sob denúncias de que o prédio apresenta riscos de ruir.

Registros da época informam que populares mudam de calçada ao passar pela construção, temendo pelo desabamento iminente noticiado nos jornais da época. Depois que a obra é liberada e operários retornam ao canteiro de construção, Giuseppe Martinelli determina o erguimento de mais 5 andares (perfazendo os 30 pavimentos atuais).

Para comprovar a segurança de seu empreendimento, esses últimos andares são transformados na residência do empresário, apelidada de Casa do Comendador. O Edifício Martinelli é inaugurado em 1929, com 105,65 metros de altura.

Torna-se o prédio mais alto da América Latina, ultrapassando o Edifício A Noite, no Rio de Janeiro. O Edifício Martinelli perde o título quando é inaugurado o Edifício Kavanagh, em Buenos Aires, em 1936. Permanece como o mais alto edifício de São Paulo, até a inauguração do Edifício Altino Arantes, popularmente conhecido como “Torre Santander”.

Com cerca de 50 mil metros quadrados de área construída, o Edifício Martinelli tem fachadas voltadas para as ruas Líbero Badaró, São João e São Bento, no centro antigo de São Paulo.

Em sua origem, o Martinelli é um edifício de uso misto: a entrada da rua Líbero Badaró é destinada aos apartamentos residenciais de alto padrão; no lado oposto, na rua São Bento, estão o antigo Cine Rosário e os acessos para as áreas comerciais, com restaurantes, confeitarias, a escola de dança e sedes de partidos políticos e clubes de futebol; na rua São João, encontra-se a fachada mais larga, onde está o saguão do Hotel São Bento, com acesso aos aposentos e aos salões Verde e Mourisco, conhecidos por abrigar eventos da alta sociedade.

A inauguração do Edifício Martinelli coincide com a Crise de 1929. A quebra da Bolsa de Nova York afeta diretamente a empresa de transporte marítimo de Giuseppe Martinelli. A procura menor que a esperada por unidades no edifício não saldam as dívidas contraídas no período da construção. Com isso, em 1934, Giuseppe vende o Edifício Martinelli para o Istituto Nazionale di Credito per il Lavoro Italiano All'Estero, ligado ao governo da Itália.

Quando o Brasil entra na Segunda Guerra Mundial contra o eixo formado por Alemanha, Japão e Itália, o edifício é confiscado pelo governo brasileiro. Por meio de leilão, transforma-se em um condomínio de apartamentos.

Entra em um longo período de degradação e passa a ser mais conhecido pela presença nas páginas policiais do que pela monumentalidade. Depois de décadas de abandono, o prédio é reformado pela prefeitura de São Paulo entre 1975 e 1979. Reabre com a ocupação majoritária de secretarias municipais - uso que permanece hoje.

A forma do Edifício Martinelli tem como matriz a composição tripartite clássica, com embasamento, corpo principal e coroamento. O projeto segue o estilo eclético, com ornamentos de características neoclássicas, em voga na década de 1920.

É possível encontrar similitudes com as configurações formais de grandes hotéis construídos na mesma época na região central de Manhattan, em Nova York - principalmente no que diz respeito à divisão do corpo principal em quatro partes, por meio de reentrâncias na fachada.

A construção é uma das primeiras no Brasil a ter estrutura em concreto armado. Grande parte dos materiais empregados vem do exterior: cimento proveniente da Escandinávia, escadas revestidas em mármore de Carrara, portas feitas em pinho-de-riga, louça sanitária da Inglaterra, elevadores da Suíça e papéis de parede, vidros e espelhos de origem belga. A partir do vigésimo pavimento, as paredes das salas são ornamentadas por pinturas a óleo, eliminadas em reformas posteriores.

As fachadas contêm um tom rosado que singulariza o Edifício Martinelli. Seu embasamento é recoberto com granito levemente avermelhado. O corpo principal é revestido de massa cor-de-rosa, composta por cristal de rocha, vidro moído, areia e pó-de-mica. O coroamento é similar a uma mansarda, com telhas de ardósia.

O Edifício Martinelli foi o primeiro arranha-céu construído na cidade de São Paulo e representa o ensejo coletivo de desenvolvimento e de modelo urbano de expansão que os paulistanos prosseguem adotando: a verticalização da metrópole.


Fonte: https://enciclopedia.itaucultural.org.br