domingo, 20 de setembro de 2015

Consumo de azeite extra virgem reduz risco de câncer de mama

Segundo novo estudo, mulheres que seguem a dieta mediterrânea enriquecida com azeite de oliva extra virgem correm um risco 68% menor de desenvolver tumores nas mamas
Seguir uma dieta mediterrânea com ingestão adicional de azeite extra virgem ou nozes também contribuiu para o aumento da expectativa de vida e redução de 30% no risco de doenças cardiovasculares nas mulheres participantes do estudo(Thinkstock/VEJA)

Seguir uma dieta mediterrânea rica em azeite de oliva extra virgem ajuda a reduzir o risco de câncer de mama. É o que diz um estudo publicado na última edição da revista científica JAMA Internal Medicine.
O novo estudo, realizado por pesquisadores da Universidade de Navarra, na Espanha, foi realizado com 4 282 mulheres, com idade média de 68 anos. Durante a pesquisa, as participantes foram divididas em três grupos que receberam as seguintes orientações: o primeiro deveria seguir a dieta mediterrânea, com consumo de uma quantidade maior de azeite extra virgem; o segundo seguiria a mesma alimentação mas, em vez do azeite, deveria consumir uma quantidade adicional de nozes; e o terceiro, denominado grupo de controle, recebeu a indicação de seguir uma dieta com baixo consumo de gordura.
Durante a pesquisa, as participantes do primeiro grupo receberam um litro de azeite de oliva por semana e as do segundo receberam 7,5 gramas de nozes e 7,5 gramas de amêndoas, também por semana. Após cinco anos, os resultados mostraram que as voluntárias do grupo do azeite reduziram em 68% seus riscos de desenvolver câncer de mama, em comparação com as participantes do grupo de controle. No entanto, não houve redução nos riscos da doença nas participantes do grupo das nozes, em comparação com aquelas que seguiram uma dieta com baixo consumo de gordura.
O estudo, que tinha como objetivo analisar os efeitos da dieta mediterrânea no risco de doenças cardiovasculares, já havia mostrado que ambas as dietas - com ingestão adicional de azeite extra virgem ou nozes - contribuíram para o aumento da expectativa de vida e da redução de 30% no risco de doenças cardiovasculares nas voluntárias.
Os pesquisadores ressaltam que todas as participantes do estudo viviam na Espanha, onde a dieta mediterrânea já faz parte da alimentação da população. Além disso, as pacientes tinham um risco aumentado de doenças cardiovasculares (foco principal do estudo) e não de câncer de mama. Por isso, eles não conseguiram determinar com certeza se os efeitos preventivos foram proveniente do consumo adicional de azeite extra virgem ou da dieta mediterrânea em si.
"Os resultados da pesquisa sugerem que há um efeito benéfico em seguir a dieta mediterrânea com um consumo adicional de azeite extra virgem na prevenção primária do câncer de mama. No entanto, estes resultados têm de ser confirmados por estudos de longo prazo com um número maior de casos incidentes", afirmou Miguel A Martínez-González, principal autor do estudo.

Dieta mediterrânea - A dieta mediterrânea é rica em frutas, verduras, legumes, nozes e castanhas, peixes, carne magra, azeite e vinho. A diferença entre o azeite de oliva extra virgem e o azeite comum é que o primeiro é extraído das azeitonas de forma mecânica, sem o uso de calor ou produtos químicos adicionais que podem alterar suas propriedades.

FONTE: veja.abril.com.br

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Tirar uma soneca reduz o risco de infarto e derrame

Um novo estudo mostrou que dormir pelo menos meia hora depois do almoço reduz a pressão arterial em 5% -- diminuindo, portanto, o risco de infarto e AVC.

Tirar uma soneca de meia hora ou mais durante o dia ajuda a reduzir a pressão sanguínea, o que, consequentemente, diminui o risco de eventos cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC). É o que diz um estudo apresentado durante congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, realizado em Londres, na Inglaterra, entre os dias 29 de agosto e 02 de setembro.
O novo estudo, realizado por pesquisadores da Grécia, analisou o efeito da soneca em 386 pacientes com pressão alta e idade média de 61 anos. Os resultados mostraram que os participantes que tiravam uma soneca após o almoço tinham uma pressão sanguínea 5% mais baixa do que aqueles que não tinham esse hábito. Este grupo também apresentou um risco menor de sofrer com danos nas artérias e no coração, decorrentes da pressão alta.
O impacto parece pequeno. Mas não é. Manolis Kallistratos, principal autor da pesquisa e cardiologista no Hospital Geral Asklepieion Voula, em Atenas, na Grécia, ressalta que estudos anteriores mostraram que quedas ainda menores na pressão arterial diminuiram o risco de eventos cardiovasculares em até 10%.
O estudo também encontrou uma associação entre a duração das sonecas e a hipertensão: aqueles que dormiam cerca de uma hora apresentaram os melhores resultados na redução da pressão sanguínea.