quarta-feira, 22 de julho de 2015

Causas comuns de labirintite

Distúrbio no labirinto pode ser desencadeado por mais de 300 fatores. Entre os principais estão diabetes, má alimentação e uso de medicamentos.

Labirintite: tontura, náusea, zumbido no ouvido, suor frio e diarreia são sintomas do problema(Thinkstock/VEJA)


Sentir que o mundo está rodando é um sinal de tontura. Quando a pessoa percebe que esse sintoma vem acompanhado de náusea, zumbido no ouvido, suor frio e diarreia, ela pode estar com labirintite. O distúrbio ocorre quando há uma alteração no funcionamento do labirinto, uma estrutura dentro da orelha responsável pela audição e pelo equilíbrio do corpo.
A labirintite pode ser causada por mais de 300 fatores, de má alimentação a doenças metabólicas, como o diabetes. "Em todos os casos, o labirinto envia mensagens desalinhadas ao cérebro sobre a posição da cabeça no espaço, e a consequência é a perda do equilíbrio", explica o otorrinolaringologista Fernando Ganança, presidente da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e de Cirurgia Cérvico-Facial.
As células do labirinto são grandes consumidoras de oxigênio e nutrientes. Qualquer déficit dessa suplementação faz com que o cérebro tenha dificuldades em registrar as informações enviadas pelo labirinto.
De acordo com Ganança, os principais agravantes da labirintite são maus hábitos alimentares. Ficar em jejum prolongado e consumir grandes quantidades de açúcar refinado, por exemplo, são fatores que alteram o funcionamento do labirinto. Além disso, alimentos estimulantes, como café e álcool, pioram o distúrbio: eles aumentam a densidade do líquido dentro do labirinto, responsável pela percepção da posição da cabeça.
Tratamento - A primeira medida a se tomar quando há sinais de labirintite é pesquisar seu gatilho. "Depois de identificar o motivo, tratamos a causa do distúrbio. Se o problema persistir, receitamos medicamentos que combatem a tontura e os sintomas acompanhantes", afirma Ganança. Em casos mais sérios, o médico pode recomendar exercícios específicos para o paciente se acostumar com a tontura.
Caso não seja tratada, a labirintite pode se tornar crônica. "Ela começa a limitar as atividades do dia a dia. O paciente deixa de ter atividade social e profissional. Fica deprimido por ter sensação de insegurança e de limitação", diz Ganança. Por isso, quando os sintomas aparecem, é preciso procurar um médico.

Hipertensão
A hipertensão aumenta a pressão no interior das artérias e dificulta a chegada de sangue no labirinto. Com menos sangue, faltam nutrientes e oxigênio para nutrir as células da região. Esse desequilíbrio faz com o cérebro tenha dificuldade em decodificar a posição da cabeça no espaço por não conseguir se comunicar adequadamente com o labirinto.
Diabetes, pré-diabetes e hipoglicemia
Qualquer desajuste na quantidade de açúcar no sangue altera a vascularização do labirinto. "Além disso, essa disfunção pode mudar a constituição do líquido que há dentro do labirinto, que ajuda na percepção do equilíbrio", diz o otorrinolaringologista Fernando Ganança, presidente da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e de Cirurgia Cérvico-Facial.
Açúcar refinado
O consumo exagerado de açúcar refinado altera o funcionamento do labirinto e as mensagens que ele envia ao cérebro. Um dos sintomas da falha e comunicação entre o cérebro e o labirinto é a tontura. Por isso, a recomendação é ingerir doces e guloseimas com moderação.
Medicamentos
O uso recorrente de quimioterápicos, anti-inflamatórios, antibióticos e anti-hipertensivos modifica o funcionamento do labirinto e prejudica o envio de mensagens para o cérebro sobre a posição da cabeça.
Café em excesso
A cafeína, presente no café, em chás e refrigerantes, é uma substância estimulante e tóxica para o labirinto. "Ela aumenta a densidade do líquido do labirinto, e isso atrapalha a percepção do cérebro sobre a posição da cabeça", diz Ganança.
Bebida alcoólica
Bebidas alcoólicas são estimulantes, como o café. O álcool em excesso causa uma irritação aguda no labirinto e prejudica a percepção do cérebro sobre a posição da cabeça.


quarta-feira, 15 de julho de 2015

Consumir café não aumenta - e nem diminui - risco de obesidade e diabetes

Pesquisadores dinamarqueses investigaram a relação entre os genes e o impacto do consumo de café no organismo. Segundo os resultados, a bebida não aumenta e nem diminui o risco de doenças relacionadas ao estilo vida
Pesquisa mostra que café não aumenta e nem diminui o risco de doenças relacionadas ao estilo vida(Thinkstock/VEJA)

O consumo de café não está relacionado ao aumento do risco de doenças relacionadas ao estilo de vida como diabetes e obesidade. Nem diminui a incidência desses problemas. É o que sugere um novo estudo realizado por pesquisadores dinamarqueses e publicado na última edição da revista científicaInternational Journal of Epidemiology. Pela primeira vez, os cientistas basearam os achados em informações genéticas dos participantes.
Para a pesquisa, foram utilizados dados de 93 000 dinamarqueses para levantar informações genéticas, hábitos de consumo de café e a existência de doenças relacionadas ao estilo de vida. Os pesquisadores então selecionaram alguns genes específicos conhecidos por aumentar a vontade de tomar café. Pessoas que possuem esses genes costumam consumir mais a bebida do que aqueles que não os possuem. A partir dessas informações, os pesquisadores conseguiram verificar se um maior consumo de café poderia aumentar ou diminuir o risco do desenvolvimento de doenças.
"Surpreendentemente, vimos que os 'genes do café' não estão associados a um risco maior de desenvolver diabetes tipo 2 ou obesidade. Isso sugere que o consumo de café não causa e nem protege as pessoas desse tipo de doença", disse Boerge Nordestgaard, autor do estudo e professor da Faculdade de Saúde e Ciências Médicas da Universidade de Copenhague.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

12 hábitos que ajudam a ter uma saúde mais plena

A sua expectativa de vida cresce com cuidados muito simples. Comer melhor, dormir bem, movimentar o corpo, se reunir com os amigos.
Estes e outros hábitos nos ajudam a garantir uma vida melhor e mais longa.
Confira abaixo 12 medidas essenciais para aumentar a sua 
expectativa de vida e viver com mais qualidade.
A ciência comprova.



Comer melhor
O cuidado com o que vai no seu prato é um dos pontos centrais para alcançar uma maior qualidade de vida. O abuso de alimentos ricos em gorduras saturadas, sódio e açúcares é um gatilho para doenças como infarto, derrames, hipertensão, obesidade, diabetes e até câncer. Em contrapartida, é fácil incluir no cardápio alimentos heróis da resistência e da longevidade. Cientistas da Universidade Park, nos Estados Unidos, concluíram que consumir mais oleaginosas (nozes, castanhas, avelãs, amêndoas e pistache) reduz o risco de males cardíacos entre 25% e 39%, quando consumidos cinco vezes por semana. Elas são ricas em gorduras boas, em especial o ômega 3, que diminuem as taxas de colesterol ruim e evitam a formação de placas de gordura que obstruem as artérias. O Centro de Pesquisas Médicas de Cardiff, no País de Gales, comprovou que vítimas de ataques cardíacos aumentaram as chances de evitar novos problemas em 29%, quando passaram a comer peixe pelo menos duas vezes por semana, graças a presença do ômega 3.
Durma bem
Repor as energias do dia com uma boa noite de sono é mais do que importante, é essencial! Um estudo da American Academy of Sleep comprovou que dormir bem é um dos segredos para a longevidade. Dos 2.800 participantes da pesquisa, os 46% que relataram insatisfação com a saúde tinham também má qualidade de sono. Uma outra pesquisa da Associated Professional Sleep Societies afirma que quem sofre de insônia crônica corre três vezes mais risco de morrer em comparação à pessoas que não sofrem com o problema. Para os pesquisadores, o ideal são pelo menos 7 horas e meia de sono por dia.
Mexa-se
Os benefícios da atividade física para a saúde do organismo somam uma lista extensa. Dizer não ao sedentarismo significa afastar de perto doenças como a obesidade, hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão, além de dar mais disposição e energia. Para colher todos esses benefícios, basta andar. Uma pesquisa da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), da USP, comprovou que a caminhada reduz a pressão arterial na primeira hora e, o que é melhor ainda, essa queda se mantém nas 24 horas subsequentes. O cérebro também fica mais afiado. Um estudo norte-americano recente, publicado na revista Neuroscience, mostrou que durante os exercícios o corpo produz uma substância que estimula o nascimento de novos neurônios, o que melhora nossas atividades cognitivas, em especial a memória.
Levante-se da cadeira
Levante-se da cadeira. A Sociedade Americana de Câncer descobriu que não é apenas a falta de atividade física que pode encurtar a vida, mas também a grande quantidade de tempo gasto sentado. Tudo porque quando ficamos frequentemente sentados e por muito tempo o nosso metabolismo se altera e influencia em fatores como colesterol alto e repouso da pressão arterial, que são indicadores da obesidade, problemas cardiovasculares e outras doenças crônicas. Por isso, nada de ver a vida passar da cadeira. "Para quem precisa trabalhar sentado, exercícios simples de alongamento vão trazer maior oxigenação e ajudar no reposicionamento do corpo para alcançar o equilíbrio postural", ensina o fisiologista do esporte Raul Santo de Oliveira.
Dê olho na balança
Uma alimentação equilibrada, rica em nutrientes, e a prática de exercícios físicos regulares vão te ajudar a manter o peso ideal. O sobrepeso e a obesidade, além de elevar os riscos de diabetes, derrame, hipertensão e apneia, estão por trás de 30% dos casos de câncer, de acordo com dados levantados pela União Internacional de Combate ao Câncer (UICC). Por isso, a regulação da dieta é fundamental. Além de melhorar a saúde e a autoestima, a perder peso também favorece a memória, segundo pesquisas feitas pelo Hospital das Clínicas, de São Paulo.
Controle os nervos
Apesar de não ser considerado doença, o estresse pode favorecer o aparecimento de doenças psico-fisiológicas e, por isso, precisa ser observado e controlado. "Quanto maior for o nível de estresse, maior será a deteriorização física e psicológica da pessoa", mostra a psicóloga Sandra Leal Calais, da Unesp. O estresse também é fator de risco para os problemas do coração. Foi o que concluiu uma grande pesquisa feita em Campinas e São Paulo pela Secretaria do Estado da Saúde. Entre as mais de 100 mil pessoas analisadas, 46,8% sofriam algum tipo de estresse e tiveram seus níveis de problemas cardiovasculares aumentados.
Sorria para a vida
Nada melhor do que o humor para combater os percalços que aparecem. O bom humor pode manter as pessoas saudáveis e aumentar as chances de uma vida longa, segundo estudo recente da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, que avaliou mais de 53 mil pessoas durante sete anos. Os pesquisadores descobriram, por meio de alguns testes, que os participantes que eram mais bem humorados tinham o risco de morte reduzido em até duas vezes. Para melhorar a sua atitude positiva diante da vida, aposte em uma breve caminhada em áreas verdes, como parques e jardins. A dica vem direto da Universidade de Essex, no Reino Unido, que descobriu que praticar atividades ao ar livre, por mais curtas que sejam (10 minutos bastam!), melhoram significativamente a saúde mental, trazendo benefícios para o humor e para a autoestima.
Respire bem
Separar uns minutinhos para prestar atenção na respiração pode ser a receita ideal para combater os desgastes mentais e físicos e, até a insônia, aumentando assim a sensação de bem-estar. Um estudo da universidade de Johns Hopkins, nos Estados Unidos, mostrou que pessoas que apresentam sérias dificuldades para respirar durante o sono têm 50% a mais de chances de morrer antes que alguém da mesma idade que não sofre das mesmas condições.
Apague o cigarro
Por falar em respiração, não é só da sua que você precisa cuidar não. Já parou para pensar que seu cigarro causa males terríveis ao seu organismo, mas também das pessoas ao seu redor. Um estudo da University College London, do Reino Unido, descobriu que a exposição à fumaça do cigarro dos outros pode aumentar em 50% os riscos de sofrimento psicológico. E outro estudo vindo do Canadá trouxe também que o fumo passivo está por trás do aumento de 40% dos casos de sinusite crônica. Portanto, o fumo passivo pode ser pior que a poluição. Mas, os fumantes precisam prestar atenção aos males do cigarro para o próprio organismo. Estima-se que cerca de 200 mil mortes por ano, no Brasil, são decorrentes do tabagismo, responsável pelos riscos aumentados de câncer de pulmão, de boca e doenças cardiovasculares.
Cultive bons amigos
Conseguimos sentir de longe os benefícios que a convivência com pessoas queridas nos traz. Mas, ter uma boa rede de amigos pode ser mais importante do que você imagina. Uma pesquisa recente da Universidade Brigham Young, nos EUA, descobriu que quem vive rodeado de amigos e vizinhos pode viver até 50% mais do que alguém que vive só. Para os pesquisadores, perder o apoio social pode diminuir ainda mais as chances de sobrevivência do que obesidade, fumo ou sedentarismo.
Sexo do bem
Ter uma vida sexual saudável também traz muitos benefícios à saúde. Um estudo realizado pela Universidade de Bristol, na Grã-Bretanha, sugere que fazer sexo com certa frequência diminui os riscos de infarto fatal. Mas, não é só isso não. Ter uma vida sexual ativa contribui para melhorar o humor, relaxar o corpo, melhora o aspecto da pele, aliviar o estresse e a TPM. Além disso, o relaxamento que o orgasmo traz contribui para que você durma melhor, e não apenas nos dias em que houver sexo. A reação tem efeito prolongado, devido a ação dos neurotransmissores que passam a agir no seu organismo com mais regularidade e numa quantidade maior.
Aprenda a gostar de você
Trabalhe o seu autoconhecimento e sua autoestima para viver melhor. "O conceito que temos sobre nós mesmos é definidor de como nos colocamos e nos portamos na vida, define o valor que vamos dar a nossa pessoa, ao nosso trabalho, as nossas opiniões, as nossas vontades, e aos cuidados para o nosso corpo e nossa saúde. E isso faz toda a diferença. Por isso é essencial ter um bom referencial de si mesmo, saber reconhecer seus valores, suas qualidades, e não ficar só se criticando, se cobrando, focado apenas nas suas limitações e dificuldades", explica o terapeuta Vicente Godinho.