quarta-feira, 24 de abril de 2013

Estudo sugere que ser vegetariano é melhor para saúde do coração

Pesquisa analisou dieta de 45 mil pessoas com idades entre 50 e 70 anos. Vegetarianos não têm hipertensão e registram nível de colesterol menor.

Os vegetarianos sofrem menos doenças do coração, sugere um amplo estudo britânico publicado nesta quarta-feira (30) que pode confirmar conclusões de recentes pesquisas americanas que vinculam o consumo de carne vermelha a um risco maior de mortalidade.
Publicado pela revista "American Journal of Clinical Nutrition", dos Estados Unidos, cientistas da Universidade de Oxford, do Reino Unido, descobriram que as pessoas que seguem a dieta vegetariana têm reduzido em 32% o risco de hospitalização e morte por doenças cardiovasculares em comparação com as que consomem carne e peixe.
"Grande parte da diferença se deve provavelmente aos efeitos do colesterol e da pressão sanguínea", geralmente mais altos nos consumidores de carne e peixe e "mostram o importante papel da dieta na prevenção de doenças cardíacas", disse a doutora Francesca Crowe, da Universidade de Oxford, principal autora do trabalho.
O estudo é considerado como o mais amplo já feito no Reino Unido, que compara a incidência de doenças cardiovasculares entre os vegetarianos e os não vegetarianos. A análise se concentrou em 45.000 voluntários com idades entre 50 e 70 anos na Inglaterra e na Escócia, incluídos em um estudo sobre câncer e nutrição denominado já feito.
Neste grupo, 34% eram vegetarianos, um número anormalmente alto para estudos deste tipo, o que permitiu aos cientistas fazer estimativas mais precisas sobre os fatores de risco cardiovascular em ambos os grupos.
Vegetais (Foto: Patrycja Cieszkowska/stock.xchng)Segundo estudo, aqueles que abdicam de carne podem sofrer menos risco de doenças cardiovasculares (Foto: Patrycja Cieszkowska/stock.xchng)
Baixo índice de massa corporal e menos casos de diabetes 
"Os resultados mostram claramente que o risco de doenças cardiovasculares é inferior em cerca de um terço dos vegetarianos", disse o professor Tim Key, diretor adjunto da Unidade de Epidemiologia do Câncer da Universidade de Oxford e co-autor do estudo.
Os cientistas levaram em conta vários fatores para calcular o risco: idade, tabagismo e consumo de álcool, prática de atividade física, nível educacional e desenvolvimento socioeconômico. Os participantes, recrutados ao longo da década de 1990, responderam a questionários detalhados sobre sua saúde e seu estilo de vida.
Durante o período de acompanhamento, que durou quase 12 anos, em média, os autores do estudo identificaram 1.235 casos de doenças cardiovasculares nos registros hospitalares, incluindo 169 óbitos.
Eles descobriram que os vegetarianos geralmente têm pressão arterial mais baixa e registram níveis de colesterol menores do que os não vegetarianos e apresentavam índices de massa corporal (IMC) menores e menos casos de diabetes, ambos resultado da dieta que seguiam.
Os vegetarianos não só se beneficiaram do impacto positivo de registrar menor índice de massa corporal, como também viam reduzido em 28% o risco de sofrer de doenças cardiovasculares.

Complemento a outro estudo
Esta pesquisa confirma os resultados de um estudo com mais de 121 mil homens e mulheres americanos, publicado em março de 2012, na revista "Archives of Internal Medicine", que mostrou uma forte relação entre o consumo diário de carne vermelha e um risco de mortalidade maior por todas as causas (12%), por doenças cardiovasculares (16%) e por câncer (10%).
Citando outro estudo americano de 2009, Crowe informou à AFP, no entanto, que o risco de desenvolver câncer é similar entre os vegetarianos e os não vegetarianos.
As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte nos países desenvolvidos: provocam 65 mil mortes por ano só no Reino Unido e cerca de 600 mil nos Estados Unidos, ou seja, uma em cada quatro.
fonte: g1.globo.com

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Quibe de abóbora com recheio de tofu

almoço saudável feito com a receita abaixo por JANDIRA EUNICE em 17/04/2013

INGREDIENTES
Para a massa do quibe:
  • 2 xícaras (chá) de trigo para quibe
  • 5 xícaras (chá) de abóbora
  • Cebola picadinha a gosto
  • 2 colheres (sopa) de azeite
  • Sal a gosto
  • 3 colheres (sopa) de hortelã
  • Suco de 1 limão

Para o recheio:
  • 1 caixinha de tofu
  • Ervas a gosto: salsinha, cebolinha, orégano, alho poró...
  • Azeite e sal para temperar


MODO DE PREPARO

Deixe o trigo de molho em água fria por 30 minutos 
Escorra bem e reserve 
Cozinhe a abóbora em água (ou no vapor) até ficar macia. Escorra e amasse bem com um garfo e reserve 
Pique as folhas de hortelã e reserve 
Em um recipiente, misture o trigo, a abóbora, a hortelã, o limão, a cebola picadinha e mexa bem. Tempere com azeite e sal. 
Para o recheio: em uma bacia amasse o tofu com um garfo e misture com os temperos que preferir. Tempere com sal e azeite. 
Montagem: em uma forma coloque metade da massa e alise bem com uma colher. Coloque o recheio e distribua de maneira uniforme sobre a massa. Cubra com o restante da massa. 
Asse em forno pré aquecido por cerca de 30 a 40 minutos.

fonte: tvgazeta

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Carne vermelha x Risco cardiovascular

Pesquisa descobre nova relação entre consumo de carne vermelha e risco cardiovascular


Digestão do nutriente L-carnitina, presente na carne, resulta na produção de uma substância que aumenta riscos de entupimento dos vasos sanguíneos

Consumo de carne vermelha aumenta riscos de desenvolvimento da aterosclerose
Consumo de carne vermelha aumenta riscos de desenvolvimento da aterosclerose (Thinkstock)
Não bastasse a gordura e o colesterol, cientistas descobriram mais uma razão pela qual o consumo de carne vermelha aumenta o risco para doenças cardiovasculares. Segundo uma pesquisa publicada na edição desta semana da revista Nature Medicine, ao metabolizar uma substância abundante nas carnes vermelhas, bactérias do aparelho digestivo humano produzem uma substância que favorece o acúmulo de gordura nas paredes arteriais. Esse processo, por sua vez, desencadea uma reação inflamatória chamada de aterosclerose (entupimento dos vasos sanguíneos).
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Intestinal microbiota metabolism of L-carnitine, a nutrient in red meat, promotes atherosclerosis

Onde foi divulgada: periódico Nature Medicine

Quem fez: Robert A Koeth, Stanley L Hazen e equipe

Instituição: Cleveland Clinic, EUA

Resultado: Quando metabolizado pelas bactérias do intestino, a carnitina, um composto abundando em carnes vermelhas, produz uma substância chamada de TMAO. Essa substância é responsável por aumentar as chances de aterosclerose, caracterizada pela obstrução dos vasos sanguíneos — o que pode levar ao infarto.
Abundante nas carnes vermelhas, a L-carnitina é um nutriente natural do alimento. Ela também está presente em bebidas energéticas e pode ser consumida como suplemento alimentar, com a promessa de ajudar na queima de gordura e no emagrecimento mais rápido. Os resultados da pesquisa, porém, mostraram que um consumo excessivo da substância pode ser prejudicial à saúde. Não por conta da L-carnitina diretamente, mas de uma substância derivada dela, chamada TMAO (Trimethylamine N-oxide, ou, em português, N-óxido de trimetilamina).
Pesquisa — Em uma série de experimentos comparativos, os cientistas demonstram que há uma relação direta entre a produção de TMAO e o risco elevado de doenças cardiovasculares. "Um risco que ainda não está totalmente quantificado, mas que “parece ser bastante significativo"”, segundo o autor principal do estudo, Stanley Hazen, do Departamento de Medicina Celular e Molecular da Cleveland Clinic, em Ohio.
“Há tempos já se sabe que há um fator de risco para doenças cardiovasculares associado ao consumo de carne vermelha. A presença das gorduras saturadas e do colesterol, no entanto, não são suficientes para explicar esse risco aumentado. "O que estamos mostrando nesse estudo é um novo mecanismo que ajuda a explicar por que esse risco existe"”, disse Hazen. “"Agora temos mais uma coisa para prestar atenção, e mais um mecanismo no qual podemos intervir na busca de tratamentos.”"
As análises foram realizadas com camundongos e seres humanos, incluindo comparações entre veganos, vegetarianos e onívoros. Os resultados indicam fortemente que, quanto maior o nível de TMAO no organismo, maior o risco de desenvolver aterosclerose e outras doenças cardiovasculares. Isso porque o TMAO altera a maneira como o colesterol e os esteroides são metabolizados, e inibe um processo chamado “transporte reverso de colesterol”, o que resulta num aumento do acúmulo de gordura nas paredes internas das artérias — mesmo que os níveis de colesterol circulante no sangue continuem normais. “"Talvez isso explique por que algumas pessoas desenvolvem aterosclerose mesmo sem ter colesterol alto”."
FONTE: veja

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Já passa de 200 mil o número de portugueses vegetarianos


Por Rafaela Pietra

Já passa de 200 mil o número de portugueses vegetarianosA alimentação vegetariana é, na maior parte das vezes, uma alternativa para quem procura um estilo de vida mais saudável e sustentável.

Além de questões ambientais, trata-se também de dimensões éticas, já que os vegetarianos e veganos não ingerem produtos que resultem da morte de animais. Segundo dados da Associação Vegetariana Portuguesa, são cerca de 200 mil os cidadãos vegetarianos em Portugal.

A dieta vegetariana também pode prevenir uma grande variedade de problemas de saúde, como obesidade, cancro do pulmão e diabetes. De acordo com o JPN, a Associação Portuguesa de Medicina Preventiva (APMP), afirma que o risco médio de doenças cardiovasculares de um homem que coma carne é de 45% enquanto que, para vegetarianos, a probabilidade baixa para os 15%.

No entanto, esta é uma transformação não só ao nível dos hábitos alimentares, mas também de filosofias de vida. O vegetarianismo e o veganismo são mais do que formas de comer – são formas de viver.

No mundo todo

Uma Aplicação do Google Trends mostra que mais e mais pessoas estão procurando por informações relacionadas ao termo “vegan”, no famoso Google (veja aqui).

Com a popularização da informação vem o crescimento da mudança de hábitos e do modo de vida. E não é só o veganismo que vem crescendo. Mesmo os onívoros, passaram a optar por mais refeições sem carne. Os americanos, por exemplo, estão escolhendo cada vez mais as refeições sem carne no seu dia a dia. O USDA espera um declínio contínuo no consumo de carne, com o americano médio comendo 12,2% menos carne hoje do que em 2007.

Além da ética e da compaixão, o vegetarianismo e o veganismo também se tornam muito populares pelos benefícios que agrega à saúde. Mesmo durante a gravidez, a dieta sem carnes não traz nenhum malefício, nem ao feto, nem à mãe. “Se a dieta e os cuidados da gestante forem adequados, não tem problema. Toda gestante que come carne é avaliada. A vegetariana também vai ser”, diz o médico nutrólogo Eric Slywitch.

Aliás, nem as crianças correm riscos, como muitos pensam. Até crescem mais saudáveis quando dentro de uma dieta vegetariana ou vegana. “A dieta vegetariana bem planejada, como deve ser qualquer dieta (mesmo as que contenham carne), não faz mal algum às crianças em desenvolvimento, pois contém todos os nutrientes necessários para o crescimento”, afirma Slywitch, acrescentando que as crianças vegetarianas tendem a ser mais saudáveis porque comem uma diversidade maior de alimentos de boa qualidade e costumam ter hábitos mais sadios.

Até mesmo famosos, militantes pelo veganismo, costumam contribuir para a causa animal. Artistas como Paul McCartney, o guitarrista Steve Vai, a atriz Alicia Silverstone, ou o músico britânico Morrissey motivam seus fãs através da informação, atreladas à sua imagem, e agregam protetores, veganos e vegetarianos, transformando vidas pelos direitos animais.