sexta-feira, 18 de julho de 2025

Quando perdemos, também guardamos




Com o tempo, a vida nos ensina que a perda faz parte do caminho. Amigos que se vão, familiares que nos deixam… tudo isso mexe conosco, toca nossas lembranças e desperta sentimentos difíceis de explicar. Mas, ainda assim, seguimos. E não seguimos por obrigação, mas porque a vida continua chamando - mesmo que de mansinho.

Na terceira idade, já vivemos muitas histórias. Algumas tão felizes que nos fazem sorrir só de lembrar. Outras com despedidas que apertam o peito. Mas é importante saber: aquilo que vivemos com quem amamos não se perde. Fica guardado em nós - no jeito de falar, numa receita de família, numa música que toca de repente.

A perda nos faz olhar com mais carinho para o presente. A gente aprende a valorizar o que parecia simples: um abraço apertado, uma conversa despretensiosa, um café demorado com risadas no meio. Cada momento vivido passa a ter um brilho especial, porque a gente sabe que a vida é feita mesmo dessas pequenas coisas.

E quando alguém querido parte, não é preciso apagar a saudade. Ela pode até doer, mas também nos conecta ao que foi bom. Permitir-se lembrar, falar sobre quem se foi, partilhar histórias… tudo isso ajuda a manter viva a presença de quem amamos. A memória se transforma em aconchego.

É claro que haverá dias mais silenciosos, de coração apertado. Mas há também os dias em que a lembrança vem como um carinho - como se a pessoa estivesse ali, sorrindo com a gente. E isso conforta.

O importante é não se fechar para a vida. Continuar fazendo planos, mesmo que pequenos. Estar perto de quem nos quer bem. Participar de rodas de conversa, de grupos, de passeios. O afeto cura. A convivência aquece. E o tempo, gentilmente, vai colocando tudo em seu lugar.

Perder faz parte da caminhada. Mas o que foi amor verdadeiro, amizade sincera, convivência gostosa - isso nunca se perde de verdade. Fica. Vive dentro da gente.

Porque quando perdemos, também guardamos. E é isso que nos faz seguir - com o coração cheio de histórias, de afetos e da certeza de que a vida, apesar de tudo, continua valendo a pena.

Jandira


Imagem: Freepik

sábado, 12 de julho de 2025

A Importância da Participação dos Idosos nas Redes Sociais

 

Conectados com o Mundo

Na vida, nunca é tarde para aprender algo novo. A cada dia, mais e mais idosos estão descobrindo que as redes sociais não são exclusividade dos jovens — elas também podem ser um espaço de encontro, alegria, informação e, principalmente, pertencimento.

Redes sociais: um novo espaço de convivência

As redes sociais como WhatsApp, Facebook, Instagram e até o TikTok têm se tornado grandes aliadas dos idosos. Elas ajudam a manter contato com filhos, netos e amigos que moram longe. Por meio de uma tela, é possível ver rostos queridos, mandar mensagens carinhosas e acompanhar o dia a dia de quem se ama.

Além disso, há grupos voltados especialmente para a terceira idade, com assuntos que interessam, trocas de experiências, receitas, vídeos de humor e até cursos gratuitos. Isso tudo fortalece a autoestima e traz a sensação de que ainda se faz parte do todo, da sociedade ativa e viva.

Benefícios emocionais e cognitivos

Estar nas redes sociais ajuda a exercitar a memória, aprender novas habilidades e manter a mente ativa. É uma forma leve de combater o isolamento, a tristeza e até prevenir quadros de depressão.

A cada curtida, comentário ou nova amizade virtual, o coração se enche de vida. Saber que há pessoas que compartilham pensamentos, valores e histórias parecidas traz conforto. É como tomar um café gostoso, mas à distância — e com muito afeto.

Dicas para começar a usar as redes sociais

Se você ainda não entrou nesse mundo digital, aqui vão algumas dicas simples para começar:

  1. Peça ajuda a um familiar ou amigo: um filho, neto ou vizinho pode ajudar a instalar e configurar os aplicativos no celular ou tablet.

  2. Comece pelo WhatsApp: é fácil de usar e ótimo para conversar com pessoas queridas.

  3. Crie uma conta no Facebook: ideal para reencontrar amigos antigos e participar de grupos de interesse.

  4. Siga páginas e perfis com assuntos que você gosta: artesanato, jardinagem, culinária, música, notícias, entre outros.

  5. Participe de grupos de idosos: muitos deles trocam dicas, fazem amizades e até organizam encontros virtuais.

Uma nova fase cheia de possibilidades

Não tenha medo da tecnologia. Com paciência e curiosidade, você verá como esse universo pode ser leve e encantador. Os idosos têm muito a ensinar, a viver e a compartilhar. As redes sociais podem ser uma ponte entre gerações, entre corações, entre mundos.

Se você ainda não se aventurou por esse caminho, que tal dar o primeiro passo hoje?
Afinal, o mundo digital também é um lugar para você — com a sua sabedoria, sua experiência e a sua presença única.

Imagem: Freepik

sexta-feira, 4 de julho de 2025

Esquecimentos na Terceira Idade



Quando a Memória Falha

Com o avanço da idade, é comum notarmos algumas falhas de memória no nosso dia a dia. Esquecer onde colocou as chaves, confundir datas ou demorar um pouco mais para lembrar o nome de alguém conhecido. Mas até que ponto isso é normal? E quando devemos nos preocupar?

Neste artigo, vamos conversar sobre a perda de memória na terceira idade, de forma leve e acolhedora — como uma boa prosa entre amigos.

O que é normal esquecer com o tempo?

O envelhecimento natural do cérebro pode causar lentidão no raciocínio e pequenos esquecimentos. Isso é absolutamente normal. Assim como o corpo, o cérebro também sente o passar dos anos.

Alguns exemplos comuns:

  • Esquecer onde guardou objetos.

  • Trocar nomes de pessoas.

  • Esquecer compromissos, mas lembrar depois.

  • Ter dificuldade para encontrar uma palavra, mas conseguir com calma.

Esses esquecimentos não costumam atrapalhar a vida da pessoa e fazem parte do processo natural do envelhecimento.

Quando o esquecimento pode ser sinal de alerta?

É preciso atenção quando a perda de memória passa a interferir na rotina ou nas relações. Alguns sinais que merecem ser observados:

  • Repetir as mesmas perguntas várias vezes.

  • Esquecer nomes de pessoas próximas ou fatos recentes.

  • Perder-se em lugares conhecidos.

  • Ter dificuldade para realizar tarefas simples do dia a dia.

Nesses casos, é importante procurar um médico, preferencialmente um neurologista ou geriatra. Pode ser apenas algo passageiro — como estresse, ansiedade ou efeito de medicamentos — mas também pode ser o início de algum quadro mais sério, como a Doença de Alzheimer.

O que pode causar perda de memória?

Além do envelhecimento natural, outros fatores também afetam a memória:

  • Falta de sono.

  • Depressão e ansiedade.

  • Uso de certos medicamentos.

  • Doenças como hipertensão, diabetes e problemas na tireoide.

Por isso, é essencial fazer exames de rotina e conversar com o médico sempre que notar mudanças no funcionamento da mente.

Como cuidar da memória?

A memória pode (e deve!) ser estimulada em todas as idades. Algumas atitudes simples fazem toda a diferença:

  • Leia com frequência — livros, revistas ou até mensagens no celular.

  • Mantenha-se ativo — caminhar, dançar, fazer alongamentos.

  • Alimente-se bem — uma dieta saudável ajuda também o cérebro.

  • Durma com qualidade — o sono ajuda a fixar as memórias.

  • Converse bastante — interagir com outras pessoas fortalece o raciocínio.

  • Aprenda coisas novas — como usar o tablet, fazer crochê ou participar de oficinas culturais.

O apoio da família e dos amigos é fundamental

Por fim, vale lembrar: ninguém deve passar por isso sozinho. Ter com quem conversar, rir, dividir as dificuldades e receber apoio faz toda a diferença na vida de quem está enfrentando falhas de memória.

Falar sobre o assunto com carinho e naturalidade é o primeiro passo para o cuidado e o acolhimento.

Cuidar da memória é cuidar de si. E toda pessoa merece envelhecer com dignidade, respeito e amor.


Imagem: Freepik