terça-feira, 30 de setembro de 2025

Nunca é tarde para descobrir o mundo



Sempre acreditei que cada fase da vida traz suas belezas e oportunidades. Hoje, vivendo a terceira idade, percebo que existe um grande tesouro ao nosso alcance: a chance de descobrir o mundo com um olhar diferente, mais maduro e cheio de sensibilidade.

Muita gente acredita que viajar, aprender coisas novas ou se aventurar em experiências diferentes é privilégio da juventude. Eu penso justamente o contrário. É agora, com mais calma no coração e sabedoria acumulada, que conseguimos aproveitar cada detalhe com intensidade. Não temos pressa. Não corremos contra o relógio. E é justamente isso que torna cada descoberta ainda mais especial.

Viajar, por exemplo, não precisa significar longas jornadas ou passagens internacionais. Pode ser uma visita a uma cidade vizinha, uma excursão em grupo, uma caminhada por um parque que nunca exploramos ou até mesmo um reencontro com lugares que já conhecemos, mas que ganham outro significado com o passar do tempo. O que importa não é a distância percorrida, mas a alegria de se permitir viver novas experiências.

Descobrir o mundo também é aprender. Uma nova receita na cozinha, um curso online de tecnologia, uma aula de dança, um exercício de alongamento, um artesanato ou até mesmo o desafio de usar melhor o celular ou o tablet. Cada pequeno passo é uma forma de nos mantermos vivos, ativos e conectados com o presente.

E como é gratificante compartilhar essas descobertas! Estar entre amigos, rir das próprias tentativas, trocar experiências e dividir conquistas enche nossa vida de pertencimento. Criamos laços fortes, fortalecemos amizades e nos emocionamos com cada história compartilhada. Nessas trocas, percebemos que nunca estamos sozinhos e que sempre há alguém disposto a caminhar conosco.

O mais bonito é perceber que o mundo não é feito apenas de paisagens distantes. Ele também está nas pequenas alegrias do dia a dia: em um encontro para um café, em um recital de música, em um passeio no bairro ou até no simples hábito de olhar o céu e agradecer pelo dia vivido.

Por isso, digo com toda certeza: nunca é tarde para descobrir o mundo. Seja ele grande, lá fora, cheio de horizontes distantes, ou pequeno, dentro da nossa rotina, mas carregado de novidades que esperam ser exploradas. O que importa é manter a alma curiosa, o olhar atento e a coragem de se permitir viver.

Porque, no fim, o mundo é do tamanho do nosso coração.


Jandira


Imagem: Freepik

terça-feira, 23 de setembro de 2025

Recital de músicas para idosos: um presente para o coração



A música tem o poder de atravessar o tempo, despertar lembranças adormecidas e aquecer o coração. Para nós, da terceira idade, ela é muito mais do que simples melodia: é memória viva, é companhia, é ponte que liga o passado ao presente. Cada canção carrega histórias, afetos e marcas de momentos que ficaram gravados em nossa alma.

Por isso, um recital de músicas voltado para a terceira idade não é apenas um espetáculo cultural. É um verdadeiro encontro com quem fomos e com quem ainda somos. É como se cada nota ressoasse dentro de nós, trazendo de volta imagens de nossa juventude, da família reunida em volta do rádio, dos bailes de antigamente, das serenatas e até das músicas que embalaram nossos primeiros amores.

Emoção que se renova a cada acorde

Participar de um recital é uma experiência única. Não se trata apenas de ouvir belas canções, mas de viver intensamente a emoção que elas despertam. Ao soar de uma melodia conhecida, os olhos brilham, os sorrisos surgem espontâneos e, muitas vezes, as lágrimas brotam com naturalidade. É a memória cantando dentro de nós.

A música tem esse dom: abre portas que o tempo parecia ter fechado e nos lembra que nossa história é feita de momentos inesquecíveis. Cada acorde, cada letra, cada interpretação é uma viagem no tempo.

Convivência e alegria compartilhada

Mais do que a emoção individual, o recital é também um espaço de convivência. Reunir amigos, familiares e a comunidade em torno da música cria laços e fortalece sentimentos de pertencimento. Cantar juntos, aplaudir juntos, sorrir juntos - tudo isso nos dá a certeza de que ainda temos muito a viver, sentir e compartilhar.

Nesses encontros, a música cumpre o papel de unir gerações. Filhos, netos e bisnetos também se encantam ao conhecer as canções que marcaram nossas vidas, e muitas vezes passam a olhar nossa história com ainda mais admiração. A música é, assim, um elo entre passado, presente e futuro.

Saúde para o corpo e para a alma

Além de toda a beleza e emoção, a música traz benefícios reais para a saúde. Estudos mostram que ouvir ou cantar ajuda a estimular a memória, reduz a ansiedade, melhora o humor e até fortalece o raciocínio. O recital, portanto, é também uma terapia natural, que traz bem-estar e vitalidade para quem participa.

Um presente para o coração

Promover ou participar de um recital de músicas para a terceira idade é muito mais do que assistir a um espetáculo: é celebrar a vida. É lembrar que o tempo pode passar, mas as canções permanecem vivas dentro de nós. Elas nos acompanham, nos consolam, nos animam e nos fazem acreditar que cada fase da vida pode ser vivida com beleza e intensidade.

A música é eterna. E, enquanto houver um coração disposto a escutá-la, haverá sempre uma nova razão para sorrir, recordar e agradecer.


Jandira


Imagem: Freepik

terça-feira, 9 de setembro de 2025

A importância da amizade na vida dos idosos



Com o passar dos anos, vamos descobrindo que a vida é feita de momentos simples e de pessoas especiais que caminham ao nosso lado. Entre todas as riquezas que podemos guardar, a amizade é, sem dúvida, uma das mais preciosas.

Na terceira idade, esse valor se torna ainda mais claro. Muitas vezes, já cumprimos nossas responsabilidades com trabalho e família, e o coração começa a buscar algo que alimente a alma. É nesse momento que as amizades se revelam como fonte de alegria, conforto e pertencimento.

Uma conversa tranquila, uma risada compartilhada, uma oração feita em conjunto ou até mesmo o silêncio na companhia de alguém querido têm o poder de transformar um dia comum em algo cheio de significado. A amizade aquece, renova e nos lembra que nunca estamos sozinhos.

Amigos são aqueles que entendem nossas histórias sem julgamentos, que nos escutam com paciência e carinho. São os que celebram nossas conquistas, mesmo as pequenas, e que seguram nossa mão quando enfrentamos desafios. Na terceira idade, cada amizade é como uma flor que desabrocha novamente, trazendo beleza ao jardim da vida.

Também acredito que a amizade tem o poder de manter a mente e o coração jovens. Quando nos encontramos com pessoas queridas, trocamos experiências, aprendemos coisas novas e redescobrimos a alegria de viver. Essa troca constante fortalece não só os laços afetivos, mas também nossa saúde emocional.

Por isso, cultivar amizades é cuidar de nós mesmos. É abrir espaço para a ternura, para a leveza e para a esperança. Afinal, a amizade é uma das formas mais bonitas de amor — um amor sem pressa, sem cobrança, apenas cheio de presença.

Jandira


Imagem: Freepik

terça-feira, 2 de setembro de 2025

Viajar é renovar a vida



Viajar: pertencimento, amizade e alegria na terceira idade

Sempre digo que viajar é muito mais do que trocar de lugar: é renovar a vida. Quando nós, da terceira idade, decidimos embarcar em uma viagem — seja ela curta ou longa — levamos conosco não apenas malas, mas também a esperança de viver momentos únicos.

O que mais me encanta é perceber como a viagem fortalece amizades. Estar com pessoas queridas, descobrir juntas um novo destino, rir de imprevistos, dividir refeições ou simplesmente caminhar lado a lado... tudo isso cria uma ligação especial, difícil de explicar em palavras, mas fácil de sentir no coração. Cada viagem se torna uma oportunidade de estreitar laços e construir novas histórias de convivência.

Viajar também nos dá um sentimento de pertencimento. Não importa se estamos em um grupo de excursão, em família ou com amigas, o simples ato de compartilhar experiências nos faz sentir parte de algo maior. É como se cada lembrança construída fosse um tijolinho na casa da nossa história. Nesses momentos, percebemos que não estamos sozinhos: há sempre alguém para sorrir conosco, para dividir o silêncio de uma paisagem ou até mesmo para nos dar a mão em um momento de cansaço.

E quanta alegria! Ver lugares diferentes, experimentar novos sabores, ouvir histórias locais, tirar fotos para eternizar os instantes... cada detalhe se transforma em memória afetiva. A viagem é um presente que continua mesmo depois de terminada, porque guardamos lembranças que nos acompanham pelo resto da vida. É uma forma de encher o coração de cores, cheiros e sons que ficam gravados para sempre em nossa memória.

Não é preciso atravessar oceanos para sentir isso. Às vezes, um simples passeio para uma cidade vizinha já é suficiente para nos trazer encantamento. O que importa não é a distância percorrida, mas sim o olhar atento e a disposição para viver cada momento.

Para mim, viajar é isso: fortalecer laços, criar memórias e renovar o coração. É sentir que nunca é tarde para descobrir o mundo e, principalmente, para viver momentos felizes. Porque, no fim, o maior destino que uma viagem nos leva é sempre dentro de nós mesmos: para um lugar de paz, pertencimento e alegria.

Jandira


Imagem: Freepik