Existem momentos na vida que nos enchem de alegria e aquecem o coração. Um deles é quando me reúno com minhas amigas para o nosso Chá Beneficente. Esse encontro acontece uma vez por mês, sempre na casa de uma de nós, e se tornou uma tradição cheia de carinho, fé e solidariedade.
Começamos sempre com uma oração. É um instante de espiritualidade e gratidão, em que cada uma pode silenciar a alma, agradecer pelas bênçãos recebidas e pedir forças para enfrentar os desafios da vida. Essa abertura já traz uma energia diferente para o nosso encontro, criando um ambiente de paz e união.
Em seguida, vem a parte mais gostosa: sentamos juntas, tomamos um chá, provamos bolos e quitutes preparados com tanto carinho, e nos dedicamos a conversar. Rimos, relembramos histórias, partilhamos nossas alegrias e também desabafamos nossas preocupações. A amizade, nesses momentos, mostra sua força: é um bálsamo que acalma, fortalece e nos faz sentir que nunca estamos sozinhas.
Mas o que torna esses encontros ainda mais especiais é o gesto de solidariedade. Cada uma de nós leva alimentos não perecíveis, que depois são destinados a famílias em situação de necessidade. Esse ato simples, mas cheio de significado, transforma nossa reunião em algo muito maior. Deixa de ser apenas um encontro social e passa a ser também uma ação de amor ao próximo.
Unimos, assim, o útil ao agradável: cultivamos a amizade e, ao mesmo tempo, oferecemos esperança e cuidado a quem precisa. Esse gesto coletivo nos mostra que, quando nos reunimos com propósito, podemos fazer uma diferença real na vida de outras pessoas.
A cada mês, a anfitriã abre as portas de sua casa, e nós abrimos nossos corações. Juntas, percebemos que a solidariedade não depende de grandes gestos, mas da constância, do carinho e da disposição em partilhar o que temos. Pequenas atitudes, quando somadas, transformam-se em grandes resultados.
Participar desses Chás Beneficentes me faz refletir sobre o verdadeiro sentido da vida: viver é compartilhar. Compartilhar tempo, sorrisos, histórias e também recursos que podem aliviar a dor do outro. Essa experiência nos lembra que sempre podemos estender a mão, e que o amor, quando colocado em prática, se multiplica.
Jandira
Imagem: Freepik
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